sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Eleições, dentríficos e sabões!

 
Devemos aos políticos profissionais o rebaixamento do nível dos debates eleitorais e a sua degeneração em propagandas grosseiras semelhantes às propaganda de sabonetes e dentifricos a que a sociedade de consumo nos habituou.
Em altura de eleições vem-me sempre à cabeça a célebre experiência de Pavlov que, mediante a exibição de um alimento a um cão e o toque simultâneo de uma campainha, o fazia salivar; após algumas repetições da experiência, para salivar, ao cão já bastava ouvir a campainha, mesmo na ausência da comida. Chamou-lhe reflexo condicionado.
Acontece uma coisa idêntica na nossa escolha, por reflexo condicionado, do partido em que votamos: - ou nos deixamos seduzir por ser o mesmo partido de uma figura pública com quem simpatizamos, por exemplo o Eusébio; - ou achamos que é melhor partido porque já uma vez governou e aumentou os salários do grupo profissional a que pertencemos: - ou fez uma campanha eleitoral com música pimba e o secretário geral até nos cumprimentou ou beijou; etc..
Tudo isto é futilidade, aldrabice e populismo; a política é um assunto demasiado sério para ser vandalizado desta maneira. E, por favor, não me venham com a história de que na América também é assim. De certeza que temos algo a aprender com os americanos mas, seguramente, nesta matéria não!
 
José Madureira

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