sexta-feira, 22 de março de 2013

Os portugueses não são mercadorias

Aos Portugueses estão a retirar tudo, até a mais ínfima possibilidade de contrariar o desabamento das suas próprias vidas. A sociedade está à beira dum ataque de nervos. Há quem fale já em “implosão social”. Os Portugueses estão manietados num colete de forças. Estamos condenados a pagar para a banca se salvar. A estratégia do empobrecimento geral é para continuar em nome da saúde do sistema financeiro. Os lucros dos bancos são inversamente proporcionais à miséria do povo, a quem se exige que tudo aguente e que tudo pague! Acenaram-nos com a Europa. Fizeram-nos sócios. Se é esta a Europa que nos prometeram, para que é que queremos a Europa? Da última aparição do ministro das Finanças, extrai-se: Isto está mal, mas ainda vai piorar. Vem aí mais austeridade e mais desemprego, porque «a culpa [agora] foi do programa da tróika», disse Gaspar... O poder repete até à exaustão a necessidade de «crescimento e emprego», mas não diz como se chega lá. Pior, não puxa pelo país, não estimula os Portugueses a melhorarem as suas condições de existência. A apologia à pobreza, ao sacrifício, à retração do consumo conduzem-nos a lado nenhum. Atravessamos um dos períodos mais dramáticos da nossa História e seria avisado que os responsáveis políticos deixassem sinais para que o nosso caminho não seja (só) insuportável.
Vítor Colaço Santos

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