sexta-feira, 19 de abril de 2013

Convívio

  
Surfar no sofá

O site tem o nome de "CouchSurfing" que quer dizer mais ou menos surfar no sofá. Eu dou o sofá e eles trazem a prancha? Não, não é assim que funciona. Inscrevo-me no site, verificam a minha morada e predisponho-me para receber quem me solicitar para ficar a dormir no sofá lá de casa durante alguns dias, gratuitamente claro. Se eu um dia for viajar, posso fazer um plano antecipado de viagem e solicitar aos membros do site nos diversos pontos por onde for, existem membros espalhados pelo mundo fora, se me podem acolher a mim durante x dias. A ideia é interessante porque permite a quem quiser partilhar do seu espaço doméstico durante alguns dias com pessoas das mais diversas origens. Desde que estou inscrito já recebi desde australianos, polacos, italianos, russos, holandeses, franceses a alemães. Gostaria de conhecer pessoas de outros países como japoneses, indianos, sul-coreanos, gente dos Balcãs. Mas Portugal é um país muito pouco procurado pelos jovens desses países. Sim, porque na sua maioria são os jovens que mais solicitam este tipo de alojamento. Com os pequeno orçamentos disponíveis para viajar assim sempre vão poupando nas estadias em pensões ou hotéis. Mas em minha casa, como gosto de os receber como se fossem amigos, tem cama, comida e roupa lavada se necessitarem. Mas faço questão de que jantem sempre connosco. Assim podemos conversar um pouco. E ouvem-se histórias bastante curiosas.
Todas as pessoas, umas mais do que outras obviamente,  são extremamente simpáticas e como não podemos entrar nisto com um pé atrás não foi uma vez só que saí de casa de manhã e os deixei sozinhos a dormir com a mesa do pequeno almoço preparada para eles. Gosto de os ajudar porque vejo neles, talvez, os meus filhos mais velhos. Ou porque gosto de ajudar as pessoas, simplesmente. Não sei. Sei que é reconfortante, ao chegar a casa depois da partida deles, ver um bilhete em cima da mesa da cozinha a agradecer a nossa hospitalidade.  Há, por vezes, pequenos inconvenientes decorrentes de estarmos a lidar com pessoas estrangeiras. Numas das últimas vezes o paquistanês que lá ficou teve  de cumprir o Ramadão e só chegava a casa lá para as nove da noite que é quando o sol se põe e então pode tomar a refeição. Tivemos de jantar sem ele e a namorada...Mas a minha filha mais pequena fica encantada quando temos hóspedes em casa.

2 comentários:

  1. Um tema interessante mas nos dias que correm é um risco não se conhecerem esses estrangeiros que convidamos para partilhar o nosso lar. Cada um sabe de si.
    Um abraço

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