quinta-feira, 11 de abril de 2013

Mas ainda acontece

"Um em cada dez países continua a fazer execuções, diz a Amnistia Internacional. A China é o caso mais preocupante. Cada vez menos pessoas são condenadas à morte, mas ainda há países onde esta prática não só se mantém, como tem aumentado. Segundo um relatório da Amnistia Internacional (AI), em 2012, 682 pessoas foram executadas em 21 países. Porém, este número peca por defeito, por haver países como a China, que não revelam dados. O cenário é animador, se forem considerados os últimos dez anos: o número de países que aboliram totalmente a pena de morte passou de 80, em 2003, para 97, em 2012. A pena foi executada em 21 países no ano passado, menos sete do que em 2003. Segundo o relatório da AI, a tendência geral é de diminuição da aplicação da pena máxima. No entanto, nem tudo são boas notícias. Em 2012, países como a Índia, Japão, Paquistão e Gâmbia, onde há algum tempo não era usada a pena de morte, voltaram a aplicar a pena máxima."(PÚBLICO, 11-4-2013)
O(a) jornalista que redigiu este artigo, que não vem identificado, não se decide: "o cenário é animador", "no entanto, nem tudo são boas notícias".
O ano passado, segundo o referido relatório, morreram mais de 682 pessoas, um número medonho.


Esta prática ainda se mantém em pleno século XXI e, em alguns casos, tem aumentado.
Como pode escrever-se que o cenário é animador? Ainda há pelo menos 21 países que praticam a pena máxima. Ainda que houvesse apenas um país a proceder assim contra a vida humana, haveria muito a fazer.
 
(PÚBLICO, 15-4-2013)
 




6 comentários:

  1. Sou contra a pena de morte embora...por vezes...certas pessoas (humanos?...)pessoas más, mesmos más...o holocausto...as bombas atómicas no Japão...às vezes não sei...aquele rapaz que matou dezenas de jovens na Noruega...quer dizer que não sei se...e uma prisão o que é?...às vezes sinto-me numa prisão e não cometi nenhum crime...não sei...a pena de morte, pois é má...mas...
    Qual a diferença entre um país que não tem no seu código judicial a pena de morte como sentença e depois deixa morrer à fome milhares de pessoas? A Síria, a Arábia Saudita com as suas sentenças surrealistas...O Japão tem a pena de morte no seu código mas é um país e um povo que eu admiro bastante. Enfim...sei lá se sou contra ou a favor...percebe?

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    1. Eu sou sempre contra a pena de morte. Acho que ninguém tem o direito de tirar a vida a alguém, mesmo quando esse alguém a tirou a uma ou várias pessoas. Já as prisões, acho que deviam ser repensadas. Devia haver uma maneira de pôr assassinos a fazer um trabalho qualquer a favor da sociedade. Mas isso já é outra questão.
      Matar em legítima defesa é um pouco diferente: sou eu, ou ele/a. Mas condenar alguém à morte, depois de um julgamento, e encarregar profissionais de cumprirem a pena... Há algo de macabro nisso, mesmo que se diga que se está a fazer justiça. E a justiça também se engana.

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  2. É difícil aceitar que qualquer cidadão possa tirar a vida a um ou a diversos seus semelhantes e que, depois, a sociedade lhe garanta pensão por um largo período, pago pelos inocentes através dos contributos cívicos. A maioria das sociedades organizadas, salvo em clima de guerra, não podem exercer uma pena capital como resposta ao assassínio, mas o cidadão individual pode tirar a vida a outro. Nos dias de hoje, até para salvaguardar os interesses dos mais indefesos,é preciso reavaliar certos liberalismos. Tenho muitas dúvidas em tomar posição na condenação de alguém que cometa assassínio. Não sei se o dente por dente, em certos casos, merecia ser a Lei.

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  3. Dente por dente, olho por olhos e o mundo estaria cego. penso que são palavras de Gandhi.
    Eu sou contra a pena de morte neste momento. Hoje. Não sei se pensarei assim amanhã se um dos meus for vítima de alguém...

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  4. Ou talvez os primeiros que cegaram os outros pensassem melhor e respeitassem os mais indefesos. Contudo, nestes assuntos de muita profundidade, como em muitos outros, não é fácil ter opinião definitiva.

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  5. Em Portugal, o Estado aboliu a pena de morte mas consente que cada vez mais grupos organizados que aqui se instalaram e desenvolvem a sua actividade criminosa a pratiquem na sua zona de influencia.

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