sábado, 20 de abril de 2013

Porto sem livros



Este ano, o Porto não vai ter Feira do Livro, aquela que seria a 83ª edição.
Ao que as coisas chegaram.
Um buraco, um vazio.
A Porto Editora recordou como "desde 1930 que, quase ininterruptamente, se realiza esta verdadeira festa do livro, que junta leitores, escritores e editores" e "mobiliza milhares de pessoas, enchendo o coração da Invicta de leitores de todas as idades durante dias consecutivos".
É, sem dúvida, uma "péssima notícia", que mostra como a Cultura é tida em conta no nosso país.
E é, justamente, nesta àrea, que temos dado mais cartas: artes plásticas, arquitectura, cinema, literatura... A criatividade é uma marca portuguesa.
Porto sem Feira do Livro... A segunda maior cidade do país não conseguiu reunir as condições para evento tão importante. Que frustração.

 

3 comentários:

  1. O gosto pela cultura em Portugal não é genuíno. Vai-se muitas vezes aos espectáculos porque é preciso sair e ser-se visto. É o social que mobiliza e não o cultural. Não ,e admira que numa cidade que foi escolhida para ser a Capital Europeia da Cultura e onde se gastaram milhões (!) para levantar a Casa da Música chegue ao ponto de não poder disponibilizar uns milhares de euros (será esta a verdadeira razão?...) para levantar uma simples e muito concorrida Feira do Livro. Já agora, espero que da próxima vez o próximo presidente da câmara veja que o Feira do Livro ficaria muito bem ao ar livre nos jardins do Palácio de Cristal. Com o metro implantado não me venham dizer que não é um sítio central...

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  2. É lamentável que a câmara do Porto e a associação dos editores e livreiros ponham fim a uma iniciativa com forte componente cultural e de divulgação do livro, baseados em critérios economicistas. Era sempre possível uma solução para manter a feira do livro. Desde menos dias a menos stands, e admitindo que as grandes editoras, como a Leya e a Porto Editora, pudessem dar um contributo maior. É demasiado negativo, aumentar o défice cultural e reforçar o centralismo,e sobretudo para aqueles que andam a badalar opiniões, que até parecem que vão em sentido contrário.

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