Há coisas que não se compreendem, nem com muito esforço. O Governo português lançou, em 2012, um programa direcionado para empresas que se encontram em dificuldades financeiras, com incontornáveis dívidas excessivas e impagáveis. Uma das premissas do programa Revitalizar baseia-se, para além de facilitados acessos a fundos financeiros, na renegociação com os credores, incluindo-se neste ponto um perdão parcial da dívida da empresa. Foi o que aconteceu, por exemplo, à maior gráfica do país - Lisgráfica -, a qual, por intermédio deste programa, conseguiu superar uma situação de insolvência iminente.
Ora, a questão que se deve colocar é simples: por que razão é que este caminho não é trilhado pelo Governo português perante os seus credores internacionais? O princípio é o mesmo e nem é novo, pois decorre de qualquer processo negocial, como, aliás, foi prática durante todo o século XX, principalmente no período pós-segunda guerra mundial (e o devedor era, aqui, a Alemanha) e, mais recentemente, com a própria Grécia.
Mercados à parte, programas como o Revitalizar a uma escala naturalmente mais alargada serviriam, antes de mais, para um verdadeiro renascimento europeu, sobrevalorizando aquilo que nunca deveria ter sido desvalorizado: os princípios fundacionais da União Europeia, indo ao encontro de uma verdadeira Europa pensada, na apropriada asserção de um dos seus fundadores, o francês Jean Monnet.
Este blogue foi criado em Janeiro de 2013, com o objectivo de reunir o maior número possível de leitores-escritores de cartas para jornais (cidadãos que enviam as suas cartas para os diferentes Espaços do Leitor). Ao visitante deste blogue, ainda não credenciado, que pretenda publicar aqui os seus textos, convidamo-lo a manifestar essa vontade em e-mail para: rodriguess.vozdagirafa@gmail.com. A resposta será rápida.
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