terça-feira, 18 de junho de 2013

Lídia Jorge




Lídia Jorge (escritora
1946.Junho.18 – Boliqueime, Portugal /


Natural de Boliqueime, Lídia Jorge nasceu a 18 de Junho de 1946, tendo-se licenciado em Filologia Românica pela Universidade de Lisboa. Seguiu a carreira de docente do Ensino Liceal e foi nessa condição que passou alguns anos em Angola e Moçambique, durante o último período da Guerra Colonial. Lídia Jorge iniciou a sua obra com O Dia dos Prodígios (1980) o seu primeiro romance que haveria de constituir um acontecimento num período em que se inaugurava uma nova fase da Literatura Portuguesa. O livro constrói-se como uma alegoria do país fechado e parado que Portugal era sob a ditadura, permanentemente à espera de uma força que o transformasse. O impacto causado por este romance foi, também ele, prodigioso, e a autora foi de imediato saudada como uma das mais importantes revelações das letras portuguesas e uma renovadora do seu imaginário romanesco. A linguagem narrativa deste romance remete para a atmosfera do realismo mágico. Nos romances de Lídia Jorge, a condição sócio-cultural das personagens, sobretudo as femininas, reflecte-se em diálogos, testemunhos a que não é alheia a atenção que a autora dispensa à tradição oral, em relação directa com a crónica da nossa história recente, antes e depois da revolução. Da sua experiência em África, escreveu A Costa dos Murmúrios (1988) pela prespectiva de uma personagem feminina, mulher de um oficial do Exército Português em serviço em Moçambique, livro que serviu para confirmar a romancista no panorama literário em Portugal. Seguiram-se O Jardim Sem Limites (1995), O Vale da Paixão (1998) O Vento Assobiando nas Gruas (2002), entre outros romances, livros de contos, peças de teatro e ensaios. A par da actividade literária, Lídia Jorge foi professora convidada da Faculdade de Letras de Lisboa, actividade que interrompeu para desempenhar funções na Alta Autoridade para a Comunicação Social, entre 1990 e 1994. Os seus livros têm-lhe merecido variadíssimos prémios e estão traduzidos para diversas línguas. Em 2006, a autora foi distinguida na Alemanha, com a primeira edição do Albatroz, Prémio Internacional de Literatura da Fundação Günter Grass, atribuído pelo conjunto da sua obra. O seu último livro A Noite das Mulheres Cantoras é de 2011. Será hoje uma das escritoras mais conceituadas no panorama literário português.

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