quinta-feira, 18 de julho de 2013

Contra as touradas

Há dias, no espaço aberto ao ‘correio dos leitores’, com o título ‘touradas, bifes e desigualdades’ um dos leitores que alimenta tais páginas, comigo incluído em tais lides, afirmou, escrevendo que ‘a maioria das pessoas que conhecia e que se manifestava contra as touradas, gostava de comer um suculento bife’.
E contrapunha que tais pessoas ’deveriam, isso sim, dar uma estocada no desemprego e nas desigualdades que grassam na sociedade’.
Até aqui, e na generalidade, tudo bem, mas misturar ‘alhos com bugalhos’ é que não estou de acordo.
E assim termina, o referido escriba leitor que muito prezo pelas suas belas alegorias postas na escrita: ‘agora gritar contra as touradas e depois comer carne é de bradar aos touros’!
Também gosto de um bom e suculento bife, mas ir festejar a matança ou tortura de um touro com requintes de malvadez e ululante sadismo em tais festas sanguinárias e perversas, é que não.
Espectáculos, como touradas, são um desumano exemplo para todo o ser humano.

José Amaral

3 comentários:

  1. Podem ser desumanas para os seres humanos, mas são as mais humanas para os toiros. Só as touradas garantem a qualidade de vida dos toiros: criados em liberdade, selvagens, inteiros. A alternativa, é serem capados, amarrados a uma manjedoira com estrume até ao peito, alimentados com hormonas para serem abatidos em seis meses. É preferível morrer numa praça com 5 ou 6 anos de vida do que morrer capado com 6 meses de vida num matadouro.

    Santana-Maia Leonardo

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  2. Concordo com tudo o que defende, acrescentando só que as touradas portuguesas são as mais "civilizadas" do mundo, porque não picam demasiado o touro, como fazem em Espanha. A morte na arena, por outro lado não a acho tão selvagem como a maioria dos críticos, até acho mais digna. Mas isto é tudo politicamente incorrecto, não é verdade?

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  3. Isto é conversa que nem dá para encher pneus. Naturalmente que as touradas não são a maior malvadez do mundo, mas que são espectáculos bárbaros e incivilizados são, e hoje há entretenimentos mais apropriados à relação entre o homem e os outros animais. Não é preciso consumir muito tempo com este assunto, porque, com o passar dos anos, num estádio mais elevado de respeito pela vida do outro, este divertimento acabará, como sucedeu noutros países. É um assunto menor, que terá o desfecho natural.

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