segunda-feira, 22 de julho de 2013

Papéis de gente comum

Foi com muito prazer que li a crónica de J. Pacheco Pereira (JPP) do último sábado no Público.
"Hoje não vale a pena escrever sobre política". Sim, estamos cansados de política.
Este texto de JPP foi refrescante e muito belo: "Aqui há algum tempo escrevi sobre as bibliotecas mortas que recolho um pouco por todo o lado. Agora vou escrever sobre os papéis da vida das pessoas e o seu destino, quase sempre tão perecível como a morte dos seus donos e autores. "
É romântica e muito bonita a ideia de alguém, como este historiador, que vai aos "adeleiros, farrapeiros recolhedores de tralha" por querer o que ninguém quer, coisas, papelada de gente que já morreu (ou não), mas que para JPP tem muito encanto e valor. Papéis de gente comum. Este é o ponto.
JPP acredita na "felicidade que existe de certeza na terra".
"De vez em quando", o que lhe aparece "tem importância histórica e documental"!!
Os amigos do historiador José acham que ele perde muito tempo com estes papéis "que não valem nada" e que ele organiza como se de um arquivo de uma instituição séria se tratasse.
Mas não fazemos ideia do que ele aprende, "tangível e intangível"!
Não se despreze a gente comum!!!

(Público, 24-7-2013)

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