segunda-feira, 22 de julho de 2013

Volta, Passos, estás perdoado!


Embora seja normal em governos de coligação haver divergências, teimosias, até birras, porque os políticos são (também) seres humanos, a crise recente assumiu uns laivos mais preocupantes com a publicação das cartas de Gaspar e Portas. Não havia qualquer necessidade de lavar em público a "roupa suja" do governo, apenas serviu para facilitar a vida às oposições. Gaspar deveria ter vergonha de ter abandonado "o barco" antes de este aportar a bom porto, ou seja, antes do fim da assistência financeira. E depois, nunca com uma carta pública que embaraçou o governo e em particular o PM. Portas também andou mal, nunca deveria ter publicado a carta de demissão. Os assuntos do governo não se tratam na praça pública. Cavaco teve uma boa iniciativa, pois andavam a "chagá-lo" por nada fazer, até lhe chamaram palhaço (sem que o "crime" tenha sido sancionado). Mas Seguro, não é de facto nada "seguro". Tudo leva a crer que o Presidente, que nunca foi atrevido em política, antes pelo contrário, não se sujeitava a este triste resultado da sua iniciativa do "compromisso", se não tivesse indícios por parte do SG do PS, que a coisa teria pés para andar. Ora se foi assim, Seguro "borregou". à primeira apertadela dos históricos socialistas, com o nonagenário Soares à cabeça, e apressou-se a recusar o acordo, exactamente no momento em que os partidos da maioria começavam a ceder, e o PR estava a afirmar que recebia de Lisboa "sinais encorajadores". Seguro perdeu uma óptima oportunidade para afirmar a sua liderança, cedendo a pressões internas da facção "esquerdista" e "socrática" do PS, que representam o passado, e em vez de estar preocupado com o futuro, do País e do próprio PS, claudicou como um fantoche de feira. Tão cedo não se irá levantar, e precisará de muita sorte ou desistência de outros, para não ser apeado de líder antes das eleições legislativas. Cada um faz a cama em que se deita, como diz sabiamente o povo.
Passos e Portas que criaram este imbróglio, por incompetência e/ou fraqueza dos seus adversários políticos e infelicidade do PR, acabam por sair reforçados da crise que criaram. É a vida, como dizia o outro...

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