quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A antítese de outra


Tenho constatado que ultimamente os tempos mudaram muitíssimo mais do que em alguns séculos, plenos de marasmo.
Todavia, os pensadores da actualidade falam incessantemente do que foi  o ‘século das luzes’, não vislumbrando quão negros foram os túmulos de multidões, que nasceram e neles foram sepultadas, sem terem tido qualquer luz de esperança nas suas desgraçadas vidas.

Agora, baixando a fasquia para assuntos mais corriqueiros e, no que toca ao desporto em geral, dizem-nos que no ‘antigamente’ é que era bom e que hoje em dia tudo é mistificação. E que no futebol, então, os interesses sobrepõem-se à verdade desportiva.
Será mesmo?
E pergunto: quanto terá pago CR7 ao RM para jogar na equipa que já foi apodada de galáctica?
Mas veja-se, por antítese, o gritante caso mais recente passado no mundo da Fórmula Um, em que o nosso valoroso António Félix da Costa foi preterido por não ter quinze milhões de euros para ofertar à (sua) equipa Red Bull, pelo que foi substituído por um desconhecido corredor soviético, o qual, só para ‘bem’ conduzir, abriu os cordões da sua multimilionária bolsa.

Eu, com 70 jovens anos de idade, até me posso vangloriar de ter passado ao lado de uma grande carreira automobilística, porque nem cheta tinha para mandar cantar um cego.
Todavia, só de me lembrar da gincana de sonho feita por mim na pista de ciclismo do desaparecido Estádio do Lima, no Porto, ao volante do mítico Fiat 600D, ainda sinto muitos calafrios, apesar de tal ‘ímpar’ feito se ter passado na longeva década de 70, do séc. XX.

 
José Amaral

 

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