terça-feira, 8 de outubro de 2013

Ei-las: cinco questões candentes



 1 – Num telejornal das 13 horas, de 7/10, dei comigo a ver uma manifestação estudantil na Escola Secundária Fontes Pereira de Melo, no Porto.
Então, não é que esses ‘bons’ alunos, que paralisaram esse estabelecimento de ensino, ostentavam num papel quadriculado no qual impregnaram a sua indignação, o seguinte vocábulo: ‘BERGONHA’?
Disso se infere que tais ‘ilustres’ aprendizes de bem falar Português são mesmos filhos do Norte, carago!, pois como se constatou sabem muito bem trocar os vês pelos bês.

2 – ‘Corte nos subsídios de refeição no sector empresarial do Estado’ foi um título jornalístico, cujo conteúdo li com alguma atenção. Por isso, o título deveria ser este: ‘Acerto, uniformização e nivelamento nos subsídios de refeição …. ‘, uma vez que  não se compreende que tais servidores públicos tenham estômagos diferentes, uns dos outros.

3 – O actual Governo da Nação, a fim de estancar o exagerado despesismo (que devia começar por si) que o povo tem tenazmente suportado ao longo dos últimos trinta anos, tenta cortar muitas despesas ditas gorduras.
E, nesse corte cego, sobre os mesmos, quase sempre ‘paga o justo pelo pecador’. É o que assim tem sido.
No entanto, o que me indigna, é não haver ninguém (individualidades, instituições, organizações sindicais, partidos, políticos, juízes, doutores e outros opinadores palrantes) com honradez suficiente para esclarecer convenientemente toda a Nação do que vai acontecendo, isto é, fazer a ‘separação do trigo do joio’, pois nunca me poderei igualar a muitos reformados com regalias e mordomias sumptuosas, nem a muitos trabalhadores ‘topo de gama’, bem como de outros profissionais altamente beneficiados, juntando todos no mesmo saco contributivo, mantendo-lhes as benesses de sempre que, evidentemente, são pagas pelos impostos impostos aos mais pobres ou desfavorecidos, em que os que menos recebem mais pagam para a mantença das mordomias de topo.
Finalmente, o que me entristece ainda mais é serem os de fora a dizer o que ou não deve ser feito em questões de economia e poupança.
Afinal de contas, para que têm servido tantos canudos em bacharelatos, licenciaturas, mestrados, doutoramentos e outros portentos?

4 – O BdP exigiu a actualização dos imóveis que os bancos têm em carteira, porque duvida (essa é mesmo boa!) que tenha havido uma reavaliação justa e actual dos valores dos mesmos imóveis retomados dos clientes por falta de pagamento.
De facto, o caso não é para menos; conheço um caso concreto em que um deplorável e esventrado imóvel, mais um pequeno terreno de granjeio, penhorados por um banco aos incumpridores clientes, têm estado à venda por 80 000 euros, quando efectivamente não valem mais do que dez vezes menos, isto é, 8 000 euros.
Foram gestores financeiros como estes que contribuíram decisivamente para a desgraça colectiva de Portugal.

5 – O BdP quer saber também quantos ‘trabalhadores’ do sector ganham mais de um milhão de euros por ano.
Quantos serão? Talvez nenhum (ou não?), se levarmos em conta que só um ex-presidente da nossa Praça tem uma reforma mensal, segundo se tem constado, de 175 000 euros, portanto 2,45 milhões ano, logo muito mais que um milhãozito!
Ai, coitados destes ‘trabalhadores’ da Banca ‘rota’!

 José Amaral

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