sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Estamos a nivelar tudo por baixo


Estamos a nivelar tudo por baixo

Este nosso País entrou num tempo de total desnorte e consequente declínio institucional. Em todos os aspectos.

Já não só nos salários e reformas, que levam pancadas permanentes de encolhimento, até se acabarem.

Já não só nos empregados que levam encolhimentos constantes para ficarem desempregados. Ou empregados sem o ser!

Já não só nos políticos que dão pancadas, todos, todos, na política, por não saberem o que “isso” é. Até a acabarem de vez! Com a política, não com os próprios!

Entramos no abaixamento da educação que já não só instrução, esta também em baixa, e sem critérios. E o civismo e comportamentos em sociedade baixam-se a cada momento que passa.

Estamos no vale tudo, e quanto mais andamos mais exemplos de incumpridores que deveriam ser exemplares, encontramos. São-nos expostos. E ficam sempre bem e a ganhar. Quanto pior, melhor.

E, até a condução automóvel parece ser feita por animais não pensantes, que quando postos ao volante entram de facto na lei da selva. Vale tudo.

Aqui, nunca fazer pisca em mudança de direccção – se eu sei que vou por ali, mais ninguém tem que saber - circular sempre pela esquerda, não ligar aos peões – esses chatos - nas passadeiras, não respeitar sinais stop, não respeitar o semáforo vermelho, estacionar em cima de passadeiras. Vale tudo desde que nós estejamos bem, os outros que se lixem. Mas há demasiados outros a fazer o mesmo, e a selva generaliza-se!

Quanto aos restantes comportamentos supostamente em sociedade, predomina a mesma selvajaria. Em locais públicos quem falar mais alto e mais outros incomodar, melhor. Já se fuma publicamente em locais proibidos com total desprezo não só pelo não fumador, como pelo aviso de não fumar.

Atende-se telemóvel em local público aos berros, todos ouvimos tudo o que não estamos a querer ter que ouvir, mas é assim.

Chega-se – mas isto já tem décadas! – sempre atrasado a tudo, os outros que esperem!

Tenta-se desprezar o espaço mais insignificante do nosso semelhante, desde que o nosso - espaço- esteja a nosso feitio. E sempre só os outros fazem mal, nós somos sempre, e sempre seremos exemplares. Mais que não seja tratamos do nosso espaço, só para nós!

Quando nos portarmos ainda mais como autênticos animais irracionais – não está distante - , estaremos ainda mais aptos e formatados a viver na selva que estamos a construir dia a dia, e será bem mais difícil recuperar o país , não só na economia e nas finanças, mas também para uma vivência civilizada entre Pessoas. Mas, é o caminho que estamos “tão bem “ a traçar e seguir! Selvagemente!

Augusto Küttner

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