sábado, 5 de outubro de 2013

Quem decide é a troika, não o TC.


Quem decide é a troika, não o TC.


ou

Nunca aparecem responsáveis.


Estamos a ficar numa fase desesperada. Não há grupo etário que não sinta a cada dia que passa mais desesperançado, que no dia anterior. Jovens não vislumbram futuro, desempregados não terão empregos, reformados vão perdendo reformas, e por aí adiante.

E como se foi -  nestes últimos anos - aumentando a despesa sem ter dinheiro para tal, e não tendo havido quem tivesse posto travão à situação, estamos no limite! E tantos dos mesmo tem tanto tempo que abundam por "aí", a fazer "mais"  do mesmo. E depois entramos numa de " passa culpas", os que estão atiram as culpas para os que estavam, estes aparecem atiram a culpa aos actuais, e ficam-se "nisto", e nós populaça, é que nos "lixamos". Como de facto e sem dúvidas está a acontecer.

E a Constituição, bem ou mal feita, "servia mais" quando tínhamos o escudo que podíamos desvalorizar a nosso belo prazer, e não estávamos intervencionados pelas troikas. Eram outros tempos.

Agora estamos num raio de um tempo que só o financeiro - seja lá quem possa ser -  é que manda! Em que de facto se gastou um pouco mais do que deveríamos ter gasto. Em que estamos com uma divida já quase nos 125% do PIB, e ficamos a ter que pedir dinheiro "lá fora para o dia a dia", isto vai mau.

Claro que não deveríamos colocarmo-nos a jeito de os nossos credores decidirem tudo o que fazemos cá dentro. Mas se não tivermos feito , em devido tempo, -  e no caso, escaldante,  nos últimos 2 anos  - as reformas que deveríamos ter feito por termos vivido como ricos, não o sendo , ficamos às ordens deles, credores, troika. Sem estes isto pára, não há dinheiro para a nossa subsistência.

Claro que estarmos totalmente dependentes do capital financeiro exterior é muito, muito  mau. Mas é ao que chegamos. Já deu para entender.

E se fosse possível termos levado outro caminho, talvez não estivéssemos como estamos. E por certo cada um de nós individualmente tem a noção de que se tiver um determinado rendimento mensal e o ultrapassar - constantemente -  em despesa, a dada tempo não aguenta mais..

E ao mesmo tempo temos o cuidado de não cortar no indispensável ,deixando de  gastar onde menos falta nos faz.

Or,a a nível de País não o fizemos nestes últimos 20 anos e não corrigimos a rota neste últimos 2. E agora estamos em aflição. E ainda não vai ser desta que vamos reformar onde deveríamos: acabar com mais de metade das câmaras municipais, fundir institutos, fundações, empresas publicas, PPP s, reduzir ao mínimo as FA s, reduzir despesas de Parlamento. etc.etc...

E assim o TC  pode estar a querer defender a tal nossa Constituição criada antes do euro e da troika. Mas não dá com a realidade. Sendo que a troika pode fazer o que lhe entender, e,  ou obedecemos ou cortam-nos os empréstimos, e como sem empréstimos paramos, "estamos feitos"!

Assim, reforme-se a sério. A sério!!!! Responsabilize-se quem o deve ser. Fale-se menos e diga-se mais. E crie-se futuro.

Augusto Küttner de Magalhães

5 comentários:

  1. A lucidez com toda a actualidade. Parabéns por este brilhante comentário que, aliás, está na linha de outros anteriores. Mas quem nos ouve? Um manto de neblina tolda toda a visão dos responsáveis directos, e a maioria dos comentadores encartados, sendo medíocre como é, não tem capacidade para analisar profundamente a situação e propor, dentro do razoável, novos trilhos. Mais uma vez, parabéns.

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  2. Muito obrigado, Joaquim.

    Quem nos ouve? como já entendeu = NINGUÉM!

    Mas ao menos deixem-nos escrever , dizer o que pensamos e que ......talvez seja verdade.......

    Um abraço e bom fim de semana

    Augusto

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  3. Extra estes tão úteis comentários, aoroveito aqui para perguntar se estão a sentir algumas dificuldades, por vezes de acesso aqui À Girafa?

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  4. Respondendo à pergunta que deixa no ar, para quem quiser e puder responder, informo que não tenho encontrado qualquer dificuldade no acesso à Girafa.

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