sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A PROPÓSITO DUM NOVO PARTIDO DE ESQUERDA

A propósito da iniciativa do eurodeputado Rui Tavares de constituição dum novo partido, constatar que alguns intelectuais, normalmente conotados como de esquerda, parece só identificarem-se com determinado partido, quando ele assimila as suas ideias e conceitos. Em qualquer organização democrática, as decisões podem não ser unânimes, prevalecendo a vontade da maioria, que deverá ser acatada, mesmo por quem defendeu opções diferentes. Esta é a forma de potenciar capacidades individuais inseridas num colectivo, diluindo eventuais desaconselháveis protagonismos solitários. Não fará sentido invocar um novo espaço político à esquerda, quando temos: PS, que quer um capitalismo sem ser selvagem; BE, que pretende converter o capitalismo aos bons costumes; PCP, que entende que o capitalismo não é futuro para a humanidade; e Verdes, que defendem que o capitalismo não é solução para problemas climáticos e ecológicos. Há ainda outras formações partidárias, sem representação parlamentar e identificadas como de esquerda. Pode não ser fácil, o caminho para Rui Tavares manter-se como eurodeputado, após as eleições europeias de 2014.

2 comentários:

  1. A memória é fraca e, por isso, os factos, por muito elucidativos que sejam ficam na penumbra. O Dr. Rui Tavares, figura política quase anónima, foi votado em conjunto numa lista apresentada a sufrágio pelo Bloco de Esquerda. Infelizmente, em Portugal, não votamos em deputados, mas em listas partidárias. Logo, ninguém votou separadamente no Dr. Rui Tavares e, daí, o seu lugar pertencer ao Partido e não ser dele próprio. Contudo, o deputado não entendeu isso e saindo do Partido, ficou a desfrutar do lugar e aderiu, embora não formalmente, aos Verdes europeus. Na minha opinião, que pode não a mais correcta, ele devia ceder o lugar a outro elemento da lista do Bloco. Não o fez, continuando a exercer o seu cargo.
    Servindo este, como trampolim, para agora tentar lançar um novo partido, que lhe dará a eventual oportunidade de continuar a ser deputado europeu, dado que não lhe é possível entrar em listas dos partidos actuais. É um caminho um pouco nebuloso que, dificilmente, pode ter êxito.

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  2. Um bom texto do Ernesto, com um bom comentário do Joaquim.

    Talvez, seja indispensável, reformular, os Partidos existentes - excepto o PC, que só se mantem, se assim continuar - fazer com qe os permantemente instalados, se vão todos embora, e criar uma nova dionamica, e verdadeira na Esquerda. Com o risco de por muito boa vontade de que R. Tavares possa ter de ser um Partido centrado em si mesmo........

    Mas todos os que hoje temos, assim, como estao, vão mal......

    Acho!!!!!!

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