segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Três em um


Amigos,

Eis o que se me oferece escrever hoje após algumas leituras:

1 – Às vezes penso que sou uma espécie de ‘má-língua’ sem sequer abrir a boca, i.e., se penso, logo sou transgressor.
Mas, não é bem assim: por pensar, não poderei ser acusado de transgredir seja no que for, pois tenho sido um bom cumpridor de (quase) tudo que me tem sido imposto por dever cívico.
No entanto, ‘dando-me razão’, a Exma. Directora do DIAP – Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, doutora Maria José Morgado, criticou a política fiscal seguida pelo actual Governo da seguinte maneira, que abaixo sintetizo:

1 – Portugal é o país europeu onde se pagam mais impostos;

2 - Cerca de 25% da riqueza produzida em Portugal não paga imposto;

3 – Os portugueses trabalham quase meio ano somente para pagar impostos;

4 – Os mais ricos em Portugal são os que pagam menos impostos e os mais pobres são os que mais impostos pagam, ao contrário da maioria dos países europeus;

5 – Mesmo nas mediadas de austeridade, países na mesma situação que a nossa, foram mais eficazes e justos;

6 – Os que fogem descaradamente ao fisco têm uma grande complacência do Governo;

7 – Os pobres são os que pagam mais impostos porque são os ricos que assim o exigem e o(s) governo(s) obedece(m).

Resumindo: se pensar é transgredir, intervir é impedir a negra continuidade do actual estado da Nação.

 2 - Também li algures o seguinte título noticioso: 119 Observatórios para os ‘boys’, quando Passos Coelho tinha prometido pôr termo a estas gorduras em ‘campanha eleitoral’, para de seguida, embrenhando-me na notícia, verificar que o doutor Beja Santos detectou os referidos 119 desnecessários observatórios, os quais só unicamente servem para delapidar as nossas finanças públicas, que são saqueadas a torto e a direito, sem que ninguém ponha termo a tal regabofe.

E, o texto em apreço, terminava assim: ‘Chama-se a isto um país governado por uma montanha de canalha. Só será possível sabermos quantos boys existem em cada observatório lançando uma bomba em cada um e termos a sorte de os encontrar todos lá dentro. Só depois seria possível contar os boys que nos levam o nosso rico dinheirinho.

 3 – E, por fim, li o seguinte cartaz, que ostentava a cara sorridente do Senhor Presidente da República:

Presidência de Cavaco Silva tem sido a mais cara

Este ano, a Presidência da República Portuguesa apresentou um custo de funcionamento superior a 15 milhões de euros, ou seja, quase o dobro da Casa Real de Espanha.

Com Cavaco Silva, as despesas da Presidência subiram 34% face a Jorge Sampaio. A sorte dele é que os portugueses já se habituaram a sacrifícios.

Dom Cavaco Silva sai caro

 
José Amaral

 

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