domingo, 26 de janeiro de 2014

A crise económico-financeira portuguesa

A crise económico-financeira portuguesa
Alguns estudiosos consideram que a crise surgiu em 2008 com o problema do crédito imobiliário nos EUA que seguiu para a Europa e para Portugal. Mas a verdade é que a crise portuguesa surgiu algumas décadas atrás quando o governo e as famílias começaram a ter mais despesas do que receitas de um modo estrutural e não conjuntural. Foram as grandes despesas do governo em infraestruturas (auto- estradas, pontes, barragens, etc.), em despesas correntes: aumento do número de funcionários públicos, alocação de automóveis de luxo, despesas de representação, etc., despesas em bens perecíveis. As despesas das famílias (particulares) tiveram origem na publicidade agressiva dos bancos e empresas de consumo para as compras a crédito, compra-se tudo a prestações: casas, carros, eletrodomésticos, tecnologias de comunicação, etc.; etc.
Só que as despesas do governo e das famílias cada vez mais subiam ao contrário das receitas, chegou-se a um ponto de rutura. As entidades internacionais (empresas de rating, bancos mundiais, etc.) e as nacionais (bancos comerciais, instituições financeiras, bolsa, etc.) já não acreditam que o governo e as famílias pudessem aumentar rapidamente as suas receitas e diminuírem as suas despesas num curto espaço de tempo, não há otimismo!
Os resultados já sabem: foi um calvário, diminuição dos salários, das pensões de reforma, aumento do desemprego, diminuição dos lucros das empresas, falências, especulação e mais especulação a nível nacional e internacional efetuado por grandes agentes económicos para obterem mais-valias com a crise dos países do sul da europa, a TROIKA. A nível das famílias o que parecia crescer até ao céu (crédito), afinal tinha que ser pago, os juros aumentaram, o prazo foi alargado, mas as famílias já não conseguiam pagar todos os créditos, as doenças, os divórcios e o desemprego também deram uma ajuda (os três D’s), há que entregar tudo ou quase tudo ao banco e às instituições de crédito, surge a figura jurídica da falência das famílias.



4 comentários:

  1. Começa a ser altura de deixar de demonizar a Troika, composta por 3 entidades supranacionais que, a pedido do Governo português, vieram em socorro das finanças do Estado, concedendo, sob determinadas condições, um empréstimo imediato de dezenas de milhares de milhões de euros, ao juro de 3,5%, quando nos Mercados, o último empréstimo já ultrapassava os 7%. Responsabilizar a Troika pela má governação do país, está nas raias da criancice e é lançar poeira para os olhos dos que estão desatentos.

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  2. Meu caro amigo e companheiro na luta por um Portugal melhor
    Eu não quis dizer que o seu comentário estava na via de ataque à Troika, mas sim chamar a atenção para a corrente que desde o princípio foi lançada com essa finalidade. Se calhar eu não fui suficientemente explícito, por isso peço desculpa pela forma como me exprimi, que não queria, de modo nenhum, atingi-lo. Um abraço lusitano

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  3. Sem querer melindrar susceptibilidades, penso que nos pusemos de feição para o que tudo de mal que ultimamente nos têm acontecido caísse sobre nós. Todos, sem excepção temos uma grande quota parte nesta desgraça colectiva. A Pátria não merecia ser representada pelos filhos que agora a representam, nem os restantes os deveriam ter eleito.
    Mas, estou do lado dos que mais têm sofrido com tudo isto.

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