sábado, 18 de janeiro de 2014

Coadopção: que solução?


O melindroso tema (proposta de lei) sobre a coadopção voltou à AR sem qualquer solução à vista, mas o assunto só foi novamente levantado para se retirarem dividendos políticos e medirem-se forças antagónicas, em que os principais interessados – as crianças sem um lar – são olhadas apenas como troféus e não como uma solução mais humana, social e existencial.
Até a coligação governamental ficou mais esfrangalhada do que em anteriores querelas governativas. Os partidos que a sustém não se entenderam porque já estão, praticamente, em campanha eleitoral.
E o que dizer da incoerência de muitos ‘ bem intencionados’ deputados dessa mesma maioria parlamentar? Foi confrangedor votarem de uma maneira e dizerem que não era essa a sua intenção de voto.
Querem estar de bem com deus e com o demo no mesmo espaço-tempo.
Assim, não estão a servir ninguém. Estão a enganar-nos da pior maneira.

E o Governo ao tentar calendarizar nesta altura o referendo, tal como Pilatos fez há dois mil anos – deixando que uma ensandecida e mal esclarecida turba decidisse da pior maneira – não faz mais do que ‘queimar tempo’ como se diz em gíria futebolística: vê-se a ganhar e para passar tempo começa a fazer substituições, umas atrás das outras, para que o jogo logo termine e quando o resultado está a seu favor.

José Amaral

 

1 comentário:

  1. Infelizmente, com a contínua baixa de natalidade o problema tende a diminuir e vai chegar ao ponto, devido ao desenvolvimento, que só quer máquinas e robôs, que não vai haver crianças para ninguém, vão mas é sobrar velhos; avôs, que serão adotados, por quem?
    Por quem está em São Bento ou em Belém?! Amen.
    Cumprimentos

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