domingo, 19 de janeiro de 2014

em O LIVRO EM BRANCO (página 38)


portas da vida
 
primária é a porta
no nascer de toda a gente.

 abismo logo aparece
no berço, enxerga letal,
que p’ra uns é de triunfo.

 que destino tão diferente
que marca, rasga, disforma
corpos, mentes e vidas.

 portas que não são portas,
são portas de labirinto,
umas azuis, outras mortais.

 são portas de mansão,
são portas de cárcere,
são portas de cores diversas,
de conforto e prazer,
de miséria e horror.

 são o produto final
do poder animalesco
que impera impunemente
por estas terras sem fim,
que mata tantos milhões,
sem saberem p’ra que nascem
e porque morrem assim.

 José Amaral
 

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