sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Estamos a viver em excessivo individualismo.

Não sendo um problema unicamente nosso, mas por nós agravado, estamos a viver nestes tempos com um excessivo “culto do individualismo”. Cada um por si, de qualquer jeito.

Como é evidente a primeira pessoa com quem contactamos, quer quando nos deitamos, quer quando nos levantamos somos “nós próprios”, mas tal não justifica a “cultura do excessivo individualismo” que estamos viver. Sem falsos dogmas, necessitamos de viver em grupo, em equipa, e por muitas complicações que sempre nos possam trazer, em “Família”.

E para tal temos que – sem qualquer necessária religiosidade – de nos darmos um pouco aos outros e não estarmos sempre à espera que os outros nos tenham que dar algo. Mas não tenhamos quaisquer dúvidas de que o tempo em que vivemos é o de querer tudo para nós, de qualquer forma. E como isto circula na cabeça de todos e de cada um, o individualismo alastra para situações imensuráveis. Cada um trata de si, pensa em si, cuida do seu pequeno espaço, protege-o e protege-se, estando completamente a marimbar-se para o vizinho, e o seu espaço.

E claro que, com este exacerbar de individualismo, vamos mal. Com esta não vontade de cooperar, de estar em equipa, de ajudar sem ter para que ser ajudados em dobro, estamos a cavar demasiados buracos onde nos vamos enfiando, sem hipótese sequer de nos “safarmos”, mesmo com tanto individualismo.

Ou voltamos a ter alguma ideia de equipa, de grupo, de cooperação, de vontade de ir em frente – em Família, também, claro - mas com a ajuda verdadeira dos outros, ou vamos afogando-nos cada vez mais.

Num tempo em que a comunicação circula sem regras – que não ditatoriais, mas consentidas em democracia – vale tudo e cada um pensa que, por si se safará, sem ter que dar sequer satisfações aos que lhes estão mais próximos.

 E nós Humanos não fomos feitos para viver isolados, em solidões autoconstruídas e excluídas por demasiados. Somos parte de vários interesses, de várias situações, da Família, como célula base, situações que vão se alastrando a outras esferas, e criando espaços concêntricos de vida, que nos levam a conseguir objectivos pessoais concretos e concretizáveis, sem egoísmos e individualismo exacerbados, que nos estão a destruir a cada dia que passa!

Augusto Küttner de Magalhães
(DN, 3-1-2014)
PÚBLICO DE HOJE!!!

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