terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Para conhecimento de todos


Caros Companheiros de Jornada, quero hoje, se me permitem, dar-vos a conhecer o nome de duas publicações anuais, que serão, salvo erro, as mais antigas do país, editadas por Lello Editores, Lda.
Uma chama-se O SERINGADOR, que vai no 149º ano da sua publicação, que diz ser um REPORTÓRIO CRÍTICO-JOCOSO E PROGNÓSTICO DIÁRIO PARA UM ANO.
A segunda publicação, que já vai no 130º da sua publicação, tem o nome de O NOVO SERINGADOR, que é também um ALMANAQUE ANUAL.
E, há bem pouco tempo, desde 2010, os acima referidos editores têm publicado nos seus referidos almanaques algo feito por mim.
Assim, dou hoje a conhecer os meus trabalhos publicados em O NOVO SERINGADOR para 2014, nas páginas 23, 31 e 33:
Um dia vi com espanto
a política mudar
vi cantar.
Era tudo tão bonito
tudo era de encantar
vi sonhar.
Os anos foram passando
e o fruto sem brotar
vi esperar.
A esperança estava verde
tudo podia mudar
vi aguardar.
Tudo se complicou
e a engrenagem a emperrar
vi desesperar.
E depois de tudo isto
valeu a pena (tentar) mudar?
Valer a pena valeu
mas não era este o fruto
que sonhara degustar.

 ******
Mudar de vida
Talvez fosse melhor,
Que arrostar a ferida
Cada vez está pior.

 Causa-me alguma dor
E muita indisposição:
É um maldito ardor
Como lava de vulcão.

 Vou suportar entretanto
A vida sem a mudar
Talvez um súbito pranto
Seja o meu eco a gritar.

 ******

 Ainda há bem pouco
a noite se despediu da alvorada
estamos na madrugada
e já pressinto a tourada.

 Há césares suficientes (no planeta)
as arenas vão-se enchendo
há falcões comendo
e tanta gente morrendo.

 O dia continua noite
os clamores são abafados
por sons metais estafados
são sinos em anúncio de finados.

 Lá vão os míseros trapos
a caminho da reforma
a tumba é deles cama
… dos sacanas é só mama!

 José Amaral

1 comentário:

  1. O tempo passa, as moscas lá vão mudando, mas a m....é sempre a mesma... Talvez na "reforma" do último verso, pois agora já nem se pode contar com ela...

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