quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Os quadros de Miró, e o resto?


Os quadros de Miró, e o resto?

A cada dia que passa mais no apercebemos que este nosso País, a continuar este rumo, definitivamente não tem conserto.

Para além das bandeiras na lapela dos casacos dos senhores nossos ministro, o verdadeiro apego ao País e à População, não parece de facto existir.

Sendo que, quanto às Oposições – todas, todas – o retrato é idêntico – sem bandeiras na lapela, uns nem usam casaco – dado nunca proporem, o que quer que seja, de forma não agressiva e fundamentada, com segurança, com pés para caminhar. Não, limitam-se a opor-se. Ponto!

E mais uma vez, reagindo em cima do acontecimento, podemos assistir a todo este circo com o leilão, não leilão, suspenso leilão dos quadros de Miró do ex-BPN, e que nos ajudaria a diminuir qualquer coisita na dívida. E termos mais folga, no aperto diário a que estamos sujeitos.

Mas não, andaram todos a criar mais espuma mediática – tão em voga – explorada como é uso e costume pela nossa comunicação social, tudo o que se relaciona com esta tema. Até outro surgir!

Entretanto tantas e tantas Obras de Arte, que continuamos a “ter” - nossas - cá dentro e que estamos a pessimamente “manter”, até tudo se desfazer. De norte a sul do nosso País temos Museus que não estão a ser devidamente cuidados, bem como, todo o seu – nosso – espólio.

Temos Obras de valor a céu aberto, que estão em total desleixo, e não é necessário dar exemplos, dado que todos, em cada localidade, sabemos existirem. Basta querer olhar com vontade de ver.

Vendeu-se ouro de qualquer forma e feitio, mesmo que de privados, mas que saiu do País, sabe-se lá para onde, nunca mais vai regressar, o País empobreceu e nada foi fiscalizado, e quantas Obras de Arte terão saído de igual forma. Não eram do Estado, eram dos Privados, mas se esta colecção ficar arrecada num qualquer local o efeito é o mesmo, e não nos paga despesas. E temos muito de público a recuperar, ainda, e, não são estes quadros que farão a diferença.

Mas de repente por total falta de explicações do Governo – usual! – e vontade de protagonismo das Oposições – normal – fica tudo vidrado nos 85 quadros de Miró, que nos ajudariam a deduzir divida. E como com o Eusébio, com as Praxes, com a chuva no Inverno e o incêndios nos Verão, tudo na mesma no nosso País! Venha mais espuma, mais sensacionalismo, mais problemas e menos soluções!

Augusto Küttner de Magalhães
(PÚBLICO DE HOJE)

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