quarta-feira, 25 de junho de 2014

A CIÊNCIA E A RELIGIÃO DIANTE DA INFLUÊNCIA DA PARTÍCULA DE DEUS (BÓSON DE HIGGS) NA CRIAÇÃO DO UNIVERSO


No início, há  cerca de 14,50 bilhões de anos,  tudo eram trevas, o simbólico ovo cósmico estava tão espremido, mas tão espremido,  que apesar de dimensões próximas de zero, continha o pré-embrião do Universo, situação esta, caracterizada pelos cientistas de  "singularidade"(fase anterior a criação).

A ciência considera o momento da criação, portanto, o marco temporal zero, o instante da explosão do ovo cósmico,  que com conseqüente  expansão continua de  seus fragmentos, constituiu este colosso chamado universo. Criando assim, nesta mesma esteira, o tempo e espaço, posteriormente a massa de tudo que nos rodeia.

Esta explosão primordial tornou-se mais conhecida como a "teoria do Big Bang", um termo um tanto pejorativo dado pelo astrônomo e matemático inglês,  Sir Frederick "Fred" Hoyle. 

De acordo com a teoria do Big Bang , o universo emergiu de um estado extremamente denso e quente ( singularidade ), cujo espaço  tem se expandido desde então, aumentando ainda mais, de maneira  continua, as enormes distancias entre as galáxias.

A ciência tem feito a sua parte, ao comprovar a  teoria do Big Bang em experiências que simulam tal evento, no colossal acelerador de partículas (CERN - 27Km) na fronteira da França com a Suíça- o complexo mais caro até hoje construído.

Existe um silêncio declarado  por parte dos cientistas sobre a fase anterior à grande explosão primordial (fato muito criticado pelos religiosos), por não haver  sentido da ciência estudar esta anterioridade,  já que o tempo e o espaço só apareceram com o Big Bang, alegando sempre, que o "antes" tem a ver  apenas com   questões filosóficas e religiosas.

Havendo, portanto, uma linha tênue  que separa estas duas situações, alguns cientistas entrando na seara dos religiosos e vice-versa, chegando a  ponto destes últimos a taxar  o CERN, como máquina do demônio, espalhando no mundo, que a mesma  poderia fazer aparecer  durante os experimentos os chamados buracos negros, que engoliriam como conseqüência  o nosso planeta.

Os cientistas também tem entrado em áreas que não lhes dizem respeito, vejamos como exemplo o que  Darwin deixou escrito na sua autobiografia: "O mistério do princípio de todas as coisas é insolúvel para nós, e, pelo meu lado, devo conformar-me com permanecer agnóstico.” Lembrando que agnóstico são pessoas que não acreditam nem descrêem na existência de um Deus.

Recentemente, o físico Stephen Hawking, contrariando suas afirmações anteriores, disse que o universo bem poderia ter surgido do mero jogo espontâneo das leis físicas, sem nenhuma intervenção de um Deus criador.

Apesar de todas estas divergências, recentemente na Europa começou um  movimento no sentido de reunir cientistas, filósofos e teólogos para refletir sobre a criação do Universo. E foi isso precisamente que aconteceu no mês de Outubro (2012) em Genebra, na oportunidade, Rolf Heuer, diretor-geral do CERN, disse taxativamente, "Dei-me conta de que é necessário analisar isso, como cientistas precisamos  discutir com os filósofos e teólogos o antes do Big Bang".

Por mais paradoxal que possa parecer o criador da teoria do Big Bang e da expansão do universo, foi um fervoroso  religioso  católico, trata-se  do belga Monsenhor Georges Henri Joseph Édouard, que alem de sacerdote , era astrônomo e professor de física na Universidade Católica de Louvaina na Bélgica.

Lembrando que esta teoria foi muito mal atribuída a Edwin Hubble . O mestre belga também foi o primeiro a produzir o que hoje é conhecido como a lei de Hubble e fez a primeira estimativa do que é agora chamado a constante de Hubble , com publicação  em 1927, portanto, dois anos antes do artigo de Hubble(1929).

Esta explosão, conforme dados experimentais,  teve como conseqüência a formação de partículas sub atômicas, com velocidade extremamente alta e  trajetória aleatória,  e por não possuir massa, elas,  por si só, seriam incapazes de produzir algo. Eram no meu entender os gametas da futura formação do universo, precisando ainda de “alguma coisa” para se formar o embrião.

Eis que esta “alguma coisa” apareceu, entre as partículas iniciais despojadas de massa e imensa velocidade, apareceu uma, não se sabe  de onde, que se imiscuiu  entre as demais, com produção de campos de origem magnética,  que ao inibir a velocidade das outras, propiciou a criação de massa, por conseqüência a matéria que nos rodeia, por isto a denominação de Partícula de Deus (Bóson de Higgs).


 A meu ver este é o momento verdadeiro da criação, pessoalmente  chamo de instante  da fecundação que deu origem ao embrião do universo, este colosso, que vem  com o tempo alcançando  dimensões inimagináveis, cabendo aqui uma reflexão mais profunda de todos os segmentos envolvidos, sejam eles científicos ou religiosos.

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