terça-feira, 24 de junho de 2014

As democracias em globalização

Ao longo de muitos séculos - como a História e a Memória estão em desuso, dá para não o querer lembrar - na Terra foram alternando tempos de democracia, com outros de ditadura. Por todo o lado, quase!

Em fases de maior acalmia, supostamente, foi dada a “escolha ao povo” para melhor organizar o seu poder podendo escolher politicamente a sua governação.

Em fases de maior tensão, nem sequer se imaginou qualquer veleidade de escolha, e desgraçadamente as ditaduras e os ditadores, impuseram-se.

Tudo se passando tanto em repúblicas, como em monarquias, sendo que, por natureza aquelas serão mais democráticas que estas, dado nestas não haver possibilidade de escolha do rei, mas há do Governo.

Depois deste “ar democrático” que varreu quase toda a Europa desde os anos 70 do século passado, as extremas-direitas e não só, até na Europa estão a fazer o “seu caminho”, face a transtornos democráticos em cada país europeu, e a uma União Europeia vacilante ou o inverso.

E, em outros pontos do Globo, algumas alternativas militares - ou seja pela força das armas- estão a aparecer, mesmo depois de “primaveras árabes”, mas não só por aí.

Por certo, haverá alguns “outros” países, que nunca conseguiram nem conseguirão ser democráticos, talvez o seu ADN, mas são uma minoria.

Talvez estejamos, hoje, a ter que adaptar as democracias - não é anular, não confundir - à globalização, como de resto se foram adaptando ao longo dos tempos ao evoluir do mundo. E mesmo que possa parecer fuga em frente os processos confusos em curso, podem não ter que implicar obrigatória e desgraçadamente, a generalização de novas ditaduras.

Talvez haja necessidade de todos os países democraticamente, terem que reformular os seus governos e as formas de administração, em mais esta fase que parece tendencialmente anti-democrática.

E, sem sobressaltos maiores dos que vimos a sofrer onde, ainda, estão implantadas democracias, em tantos países europeus, nos EUA, na India, e não só, estas, se adaptarem à globalização sem a esta se subjugarem de forma alguma, e caminharemos para tempos melhores e mais confiáveis e sempre democráticos!

Augusto Küttner de Magalhães
(DN 23.06.2014)

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