quarta-feira, 25 de junho de 2014

Justiça pão de ló?



JUSTIÇA DE PÃO DE LÓ?
É preciso ver que os juízes, por formação têm maiores conhecimentos linguísticos que lhes permitem criar belas metáforas, vertidas para acórdãos que são autênticas peças literárias, dignas de óperas bufas.
Comovente é a justificação de que um criminoso de bens públicos, depois de condenado a pena efetiva, seja posto em liberdade porque, pasmem:  “Tem meios próprios de subsistência e suporte familiar” .
Descansem , eu não sou formado em nada. Apenas usufruo estes espetáculos grátis, com doutores/atores, a desempenharem estas palhaçadas, de palhaços ricos, para humilhar os feitos palhaços pobres; a maioria do povo! Bonito é ver e ler a solenidade, do alto das suas togas, as suas “doutas” sentenças! Que maravilha? Comovente mesmo.
Vejamos: uma pessoa é condenada, a seis sete anos de prisão, depois vê reduzida para dois, depois, porque se arma em bem comportado dentro da prisão, embora não tivesse sido cá fora, e porque tem suporte familiar e meios de subsistência própria é posto na rua?  Contenham-se, Não se riam.
Não. As penas são para ser cumpridas. Caso se porte mal na prisão, o detido vê o agravamento das condições prisionais. O normal é cumprir a pena. Isto é mesmo uma justiça de pagode, para os alguns, normalmente para os poderosos. Para os pobres é a sério!
Não bastou ter dinheiro, roubado ao Estado, para o utilizar em dezenas de recursos, beneficiar de muito fechar d’olho, e só depois de ir para a prisão é que os juízes “descobrem” que o Isaltino “tem meios próprios de subsistência”!
Então, antes, Isaltino não tinha “meios próprios de subsistência e suporte familiar”?
Sugiro que qualquer um, condenado a prisão, mostre a sua conta bancária e prove que não é divorciado, e desta maneira, fica em casa.
Por fim, a minha compreensão para com o juiz, que com sentenças destas ganha bem seu pão (de ló?)
Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar

1 comentário:

  1. Estou plenamente de acordo com a análise que faz desta situação criada pela justiça portuguesa. Continua a haver justiça para ricos e justiça para pobres. Ora, isso não é justiça, é arranjinho à maneira. É lamentável, e isto faz-nos perder a confiança nos altos poderes deste país. Que fazer?

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