sábado, 14 de junho de 2014

ORGULHO DA NOSSA BANDEIRA

Scolaris estava longe de imaginar quando em 2004 lançou o desafio para que todos puséssemos uma bandeira de Portugal em todas as janelas. Daí para cá, este gesto tornou-se espontâneo tendo ultrapassado fronteiras nos cinco continentes e apenas é criticado pela negativa por um grupo de pseudo-intelectuais por motivos sobejamente conhecidos. E já que escrevo sobre a nossa bandeira, permitam-me recuar ao 10 de Junho de 1968 o meu primeiro dia de Portugal em Díli, Timor e que me fez arrepiar. Tinha pouco tempo de comissão naquela longínqua mas bonita Ilha onde o sol logo em nascendo, vê primeiro, quando deparo com o desfile de grupo de naturais montados nos seus pequenos cavalos de Timor (Kudas) com dezenas ou centenas de bandeiras de Portugal todas rotas devido ao facto de terem estado enterradas no solo durante a ocupação japonesa na década de 40. Aliás, em 1943, Dom Aleixo Corte-Real foi fuzilado pelos japoneses, com toda a sua família, pois tinha-se recusado a entregar a bandeira que escondera. O respeito pela bandeira era tal que os timorenses não calcavam a sua sombra quando içada. Como sei que há sempre quem considere isto tudo um autêntico saudosismo, o que dizem ao facto de em 2011 os indonésios terem devolvido ao meu antigo camarada de armas Xanana Gusmão, os pertences que lhe haviam confiscado quando o prenderam em 1992 e dentro dessa caixa, que todos nós pudemos ver na televisão, estava entre outros objectos, a bandeira de Portugal que este herói guardou durante a sua luta armada nas montanhas de Timor. Penso que factos históricos como estes e o seu significado deviam ser ensinados nas escolas aos mais jovens sem quaisquer complexos. Aproveitemos o actual momento e façamos dos turistas que nos visitam, futuros embaixadores de Portugal nas suas terras e levem na memória o testemunho dum povo humilde e hospitaleiro mas orgulhoso da sua bandeira. Jorge Morais

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