sexta-feira, 11 de julho de 2014

A posse das empresas não deve implicar a sua gestão


A posse das empresas não deve implicar a sua gestão
(DN 10.07.2014, com outro título)

Está provado que uma primeira geração cria riqueza ou empresa, a segunda mantem-na e a terceira destrói-a.

Está provado que “isto”, não sendo exclusivo nosso, cá por “nós” é predominante, e rara é a empresa familiar portuguesa, que não segue este “lastimoso destino”.

Como é evidente, não é nada fácil quebrar este ciclo vicioso e não virtuoso, dado que a posse da empresa associada à sua gestão é vivida em família, e dificilmente assumida a hipótese de separar posse, de gestão.

E, quem cria a empresa fá-lo com muito esforço e vive tudo com muita intensidade, quem a conserva já o faz como “algo adquirido”, quem o desfaz já nem sabe o que faz.

Por outro lado, sendo a família a relação mais interessante que une, ou desune o ser humano, é uma enorme fonte de complicações e também de cumplicidades.

Se a “isto” se juntar uma empresa onde outros conflitos e outros interesses são permanentes, nada de positivo “por norma”, acontece.

Por outro lado as famílias crescem fazendo “entrar “ membros de outras famílias, com inerentes particularidades e desavenças. E, todo este caldo quando misturado dá sempre e inevitavelmente, mau resultado.

E, como nós – Pessoas – somos primorosos a não querer encarar de frente estes problemas, por norma vamos conseguir destruir as famílias, e as empresas. Ficando todos a perder, e até o País, por mais pobre ficar.

Como na nossa permanente, e até por tantos tão gabada “falta de pontualidade, “ tão nossa característica”, será indispensável sermos “pontualíssimos”, também e logo a 2ª geração familiar, numa empresa, deve passar a ter a capacidade e a “coragem”, para separar por “norma” a posse, da gestão. E em casa não se fala da empresa, fala-se da Família.

 E, em reuniões anuais ou com outra periocidade as famílias, fora de casa, aí na empresa, a família, tem que saber o que e passa com a “sua empresa”, mas a gestão executiva e quotidiana, nunca, mesmo nunca, deve-lhes ser atribuída. E claro que não devem viver “unicamente” de rendimentos – por muito elevados que possam ser -, devem ter outra profissão e receber os dividendos da “sua empresa” mas não a gerir, dado que o fazem mal.

Todos beneficiaríamos se “isto” fosse por todos interiorizado, e visse a acontecer, mas os exemplos de “isto raríssimas vez ocorrem”, e o inverso é-nos dado a conhecer, dia a dia. E não nos emendamos, por forma a não errar sempre “no mesmo desacerto”, e podermos a nível particular, pessoal, familiar e empresarial ter um futuro muito melhor! Todos! Será impossível?

Augusto Küttner de Magalhães

 

4 comentários:

  1. Sábias palavras, as suas. Tem toda a razão e a verdade é essa.

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  2. E é pena dado que se repete, repete, como se fosse sempre a primeira vez........e vai assim continuar.......

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  3. Não está nada provado em lado nenhum. Muito pelo contrário: os ricos portugueses que por cá se governam são as mesmas famílias há dezenas de anos.
    Tudo o que se diz dos Portugueses tem cheirinho a racismo: os Portugueses são assim e os Patagónicos são assado.
    Brilhante a habilidade com que se toca este tema sem dizer uma palavra sobre o sistema politico(regime) que permite alguns desvarios que se afloram. Só pela habilidade parabéns.
    Mas como diz a canção: a mim não me enganas tu.......

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    1. Não deve ser para entender., o que aqui escreve.....basta viver neste País e constactar o que se pasou e passa.

      Mas fique na sua!

      Augusto

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