terça-feira, 8 de julho de 2014

EPITÁFIO A RUI TOVAR

Com tantos elogios que ouvi e li sobre Rui Tovar que os seus colegas lhe dedicaram aquando da sua morte e pouco mais podendo acrescentar, limitei-me a uma pequena homenagem em pensamento. No entanto, querendo satisfazer algumas curiosidades, consultei a sua biografia. Natural da Lourinhã, Capital dos Dinossauros, foi para Lisboa onde iniciou a carreira de jornalista. Em 1975, com apenas 26 anos de idade, foi vitima dum saneamento político no jornal onde trabalhava por não comungar das mesmas ideias desse mundo jurássico de políticas rejeitadas por toda a parte mas que alguns dinossauros da revolução bolchevista ainda teimavam em implementar por cá à força. Hoje, passados 40 anos, julgam-se com direito a criticarem os governantes actuais que aconselham os jovens a emigrar por falta de emprego, esquecendo que mandaram para o desemprego jovens como Rui Tovar apenas por não serem da sua cor política. Apesar de tudo isso, este jornalista nunca mostrou rancor ou ódio a quem lhe causou tais danos mantendo-se até ao fim uma pessoa serena e dono duma dicção suave própria de quem está em paz consigo mesmo e que cativava quem o ouvia. Questionado sobre a opinião que tinha sobre o seu carrasco, disse apenas: "Saramago era um grande escritor, mas não era um grande homem". Termino dedicando-lhe este epitáfio: Rui Tovar, uma vitima em 1975 do social-fascismo. Jorge Morais

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