terça-feira, 29 de julho de 2014

Escravos em Portugal

As novas escravaturas

Sobre o flagelo da escravatura e que terá sido abolida durante o século XIX (em muitos casos só no papel) ainda haverá muito a fazer até ser implantado em todo o planeta o respeito pelo ser humano.
Vem isto a propósito da utilização no nosso País de vagas de “migrantes” que apesar de serem milhares parece que ninguém sabe como chegam, e raramente se fala das condições em que vivem e se actua em defesa de trabalho de rosto humano. Esta maneira de proceder e a falta de fiscalização oficializa uma verdadeira escravatura
Choca muito, também, rematarem estas noticias com: os portugueses não querem trabalhar, só querem receber subsídios; lá procurarem emprego já não é com eles… Há trabalho na apanha da azeitona, nas vindimas… mas os nossos desempregados nem querem ouvir falar disso.
Pois é! Como é que alguém vai aceitar uma ocupação nos confins de quatro mil hectares sem ter ao menos uma casa de banho para no fim de um dia de trabalho ter um banho? Já não estamos nos tempos dos bárbaros nem das cruzadas. Porque é que localmente não se organizam acomodações dignas para alojar esta mão-de-obra sazonal?
Os portugueses querem trabalhar, querem viver de um ordenado digno para constituírem família, terem filhos. Os portugueses querem escolher e comprar. Os portugueses não querem viver de sopas. 

Publicado no Diário de Noticias de 23/12/2013 com alguns cortes. 

Retomo este assunto face a notícias que estão a ser difundidas sobre o trabalho dos Tailandeses em Odemira

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