Foi com 'grande comoção' ...

Foi com ‘grande comoção’ que tomamos conhecimento que milhares de jovens fãs dos ‘One Directions’ cercaram o estádio do dragão, a fim de ‘sequiosos’ – ou não estivéssemos no pico do Verão – beberem muita ‘cultura’, arrostando, por isso, com todos os sacrifícios de aprendizagem, apesar dos seus verdes anos, para continuarem a senda heróica dos seus antepassados, os quais nunca cantavam todo o Verão para, no Inverno, viverem das pedinchices sociais.

Os pais, verdadeiros divinizadores dos seus rebentos no pior sentido vivencial, perante as câmaras televisivas, verberavam o comportamento das forças policiais e exigiam até um hospital de campanha - que eu e milhares de jovens militares nunca tivemos na Guerra Colonial, principalmente na década de 60 do século passado - para auxiliarem os seus desmamados filhos que estavam em perigo de vida e sem qualquer tipo de assistência, desmaiando como tordos.

E os avós de tais ‘corajosas’ crianças não estariam mais precisadas de tais cuidados e afagos?

É esta a cultura do nada que se incute às jovens gerações: prazer sempre; obrigações nenhumas.

Que se deliciem com a leitura da Maria vai com todos/as; do gigolô cheio de músculo, pejado de tatuagens e com brinquinhos a condizer. Que se cultivem com os longos serões televisivos das casas dos e com segredos e seus internos deboches; que se deliciem com as reposições dos moranguitos com açúcar e algum pó para espicaçar o mais santo rebento, a fim deste enveredar em comportamentos amorais, antinaturais e outros bacanais.

Enfim, ‘to be or not to be’, a cultura e educação da nação, em mais um Verão especial.

José Amaral