sexta-feira, 8 de agosto de 2014

O governador do BdP e o Banco Mau

O governador do BdP e da massa falida do Banco Mau veio agora a terreiro sossegar aqueles que tinham as suas economias no saqueado banco, desbaratado a mando e sob o comando daquele ‘salgado cavalheiro’ que, há dias, disse: ‘já fomos nacionalizados e não queremos que isso volte a acontecer’, acompanhado de um sorriso sarcástico, que só gente de tal calibre e descaramento sabe fazer.
Mas, voltando ao presidente regulador de todo o sistema bancário, ele disse: ‘estivemos sobre ‘o fio da navalha’, mas tudo já passou’. Como assim?
Saqueia-se um banco, acaba um grupo de má reputação financeira, e não há ainda ninguém preso antes que zarpe sabe-se lá para onde?
Quando trabalhei na Praça D. João I, no Porto, no banco que o engenheiro Jardim Gonçalves fez implodir, havia um cliente que, de tempos a tempos, vindo de comboio de Ermesinde até à Estação de S. Bento, se deslocava aos balcões do desaparecido e saudoso banco, para ver o seu dinheiro que lá tinha depositado. O senhor Nogueira – o tesoureiro – levava-o até aos cofres, na cave do edifício do Palácio Atlântico, e perante pilhas de notas devidamente colocadas em estantes, dizia ao cliente que o seu dinheiro era um pouco daquele que lá estava. O homem, descansado com tal segurança do seu pecúlio, retornava para o seu lar completamente satisfeito.
Agora, onde está o dinheiro dos portugueses que tanto suaram para o terem a bom recato? Hoje, está, sabe-se lá onde, em paraísos fiscais aonde poucos chegam, mas que tudo nos roubam, sem serem molestados.
São os banqueiros de agora no seu maior esplendor e farsa.


José Amaral

Sem comentários:

Enviar um comentário

Caro(a) leitor(a), o seu comentário é sempre muito bem-vindo, desde que o faça sem recorrer a insultos e/ou a ameaças. Não diga aos outros o que não gostaria que lhe dissessem. Faça comentários construtivos e merecedores de publicação. E não se esconda atrás do anonimato. Obrigado.

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.