quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Até o JN ...

Como Portugal está a atravessar uma onda grevista, devido à má e muito desleixada governação, tudo pode acontecer.
Até o JN de hoje, dia 25/9, omitiu o exíguo espaço que ainda dá aos leitores, os quais, não engolindo tudo que lhes enfiam pela goela abaixo, acham por bem deitar cá para fora o que lhes vai na alma.
Eu, por mim, fiquei muito triste pela ‘greve’ que o JN decretou unilateralmente, deixando os leitores a ‘ver navios’ num dia de intenso nevoeiro.
E por esta pequena prosa de desagrado me fico.


José Amaral

6 comentários:

  1. Também reparei. No encontro de Coimbra, o meu texto chamava a atenção, para o que já era por demais evidente; a lenta agonia da participação dos leitores nos jornais que leem, não por que não queiram, mas porque o espaço é mais rentável com publicidade. Hoje, o eventual espaço que seria para os leitores está ocupado por publicidade! Estão-se marinbando para a participação cívica e de cidadania do leitores. Que fazer? Fazer um protesto coletivo? Por exemplo, escrever uma carta, assinada por quem estiver interessado, mais ou menos nestes termos:

    Exmºs Senhores.
    Em virtude da contínua redução do espaço destinado à participação no vosso jornal, o que para nós é demonstração de pouco interesse na nossa participação, informamos que, devido a tal facto, só nos resta, de um modo recíproco, não comprar exemplares das edições do vosso jornal. Ao tomar esta atitude, pensamos que não afetaremos, minimamente, os resultados empresariais da vossa empresa. A nós, porque o nosso capital é apenas a liberdade de pensar e agir, e ao enviar nossos textos deles não somos remunerados, só nos resta reconhecer a nossa insignificância perante os supremos interesses do capital; na vossa preocupação, do Ter, em detrimento de dar espaço aos que pugnam por uma sociedade mais virada para o Homem Ser do que o Homem Ter. Muito apreciamos a vossa atenção até esta data e quem sabe se algum dia a situação se altere, até porque perseguimos, sempre o sonho e a utopia de um mundo melhor; mais fraterno e mais solidário. Assinam
    Silvino Taveira Machado Figueiredo
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    1. Caro Amigo,
      Acho oportuno o seu texto, o qual assino por baixo.
      Saudações para todos aqueles que voluntariamente escrevem para que se construa um mundo melhor, mais fraterno e como menos pulhas à face da Terra.

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  2. Há muito tempo que a nossa cidadania está em perigo. O desinteresse, para não dizer desprezo, que os jornais nos manifestam é uma consequência dessa peste que lavra na nossa sociedade. Assino o que diz, embora, tenho a certeza, que aqueles que se deviam preocupar com a nossa revolta, nem sequer vão ligar ao que expomos. Um abraço lusitano.

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  3. Todos que andamos nestas "aventuras", já percebemos que somos um "mal necessário", e que vamos ser abatidos, lenta mas definitivamente, jornal a jornal....espaço a espaço....

    É pena, é triste, é muito mau!

    Augusto

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  4. Vamos ficar definitivamente sem espaço, somos a mais.......

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