quinta-feira, 18 de setembro de 2014

PROMOVER O FANATISMO E TERRORISMO?


Tenho acompanhado com muita preocupação, as reportagens que os media têm feito sobre alguns jovens portugueses que decidiram juntar-se ao Estado Islãmico (EI). Compreendo a missão dos jornalistas em informar, com isenção e verdade, mas esta situação do EI e da arregimentação que fazem de jovens europeus para combater e matar nas suas fileiras, é um assunto da maior seriedade e responsabilidade. É bem conhecida a lei não escrita na comunicação social de todo o mundo, sobre a não divulgação de dados e informação sensível sobre incendiários de florestas. A divulgação pode incentivar outros a fazer o mesmo. O mesmo se passa com os suicídios. Os orgãos de comunicação procedem com cautela na divulgação de suicídios. Sendo esta situação do EI uma situação nova, eu entendo que reportagens daquelas que vários semanários e revistas, bem como a TV, têm realizado são potencialmente perturbadoras de mentes jovens, ainda não maduras ou esclarecidas sobre o que os espera no EI. Os jovens de hoje estão insatisfeitos e intranquilos,  com muitas e boas razões. Estão frustrados por estarem desempregados, os seus ascendentes estão também desolados por perderem as suas pensões ou reformas, o dinheiro falta e não existe serviço militar obrigatório que os forme e ocupe durante um ou dois anos. Por isso é compreensível que a criação de um EI os cative e desafie, mas depois de lá entrarem, não conseguem sair com vida. Pior ainda é entretanto terem eventualmente roubado a vida de muitos inocentes, que não têm culpa nenhuma disto tudo.

2 comentários:

  1. Um dos grandes problemas que estão em cena é a incapacidade da maioria dos políticos e também de jornalistas e comentadores serem curtos de vista. Vêem apenas a árvore e não enxergam a floresta. Não aprofundam os acontecimentos e não retiram tudo o que neles está inserido. Daí, uns, não preverem as consequências de medidas avulsas que tomam, outros não perceberem a extensão das notícias. É o mundo que temos, cuja civilização está em decadência.

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  2. Sem dúvida, Joaquim. O que interessa é sensacionalismo. Vender! Informar é secundário...

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