sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Morreu alguém que eu conhecia...

Não estava nada à espera desta notícia, que li hoje no Público...a da morte prematura, aos 50 anos, do dinâmico e empreendedor arquitecto Filipe Oliveira Dias, autor de projectos como os teatros de Vila Real, Bragança e Helena Sá e Costa (ESMAE, Porto).
Fiquei chocada... 
Conheci-o há dez anos (no seu atelier em frente do Palácio de Cristal) -  justamente no mesmo ano em que inaugurou o Teatro Municipal de Vila Real- , no âmbito da minha tese de mestrado sobre Arquitectura, Música e Acústica (edição da FaupPúblicações) e, por isso, não podia deixar de procurar entrevistá-lo, para quem a função de um edifício é essencial. Daí a qualidade da acústica dos seus teatros. Para Oliveira Dias, "a acústica é um dos elementos fundamentais desde o início da conceção de uma sala de espetáculos (auditório, teatro, etc.) e tem que ser uma disciplina iniciática, sendo que as necessidades da acústica determinam muitos aspetos da sala. Ela incide em todos os pormenores da construção, como as próprias cadeiras". Este arquitecto, como poucos, tinha a consciência de que a arquitectura pode «liquidar» uma obra musical.
Morreu, portanto, um jovem arquitecto «musical»...que muito podia fazer ainda pela qualidade acústica das nossas salas de concertos e espetáculos... Ficam, com certeza, os seus ensinamentos e muita obra levantada, testemunho de que é possível fazer mais e melhor neste país!
Serve esta carta, ainda , para endereçar os meus mais sinceros sentimentos à família e à equipa que trabalhou com ele no seu atelier.

Público (18-10-2014)

1 comentário:

  1. Foi pena a sua prematura morte. Muito mais podia deixar como legado arquitectónico.
    Meu filho Nuno José também trabalhou no seu seu atelier em frente ao Palácio de Cristal prestando serviços informáticos.

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