quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Tenho andado muito ensimesmado

Nos últimos tempos, e após o inesperado mas já esperado e desejado 25 de Abril de 1974, tenho andado muito ensimesmado com a rota escandalosa que vai grassando e engrossando na nossa mui querida Pátria no que toca ao constante regabofe de uns quantos ‘iluminados’ e ao retrocesso social e civilizacional de milhões de compatriotas.
Não quero com isto dizer que tudo foi mau ao longo dos últimos quarenta anos. O País ficou mais colorido e apelativo, banindo-se assim a cor cinzenta do regime com um sistema encimado por uma ‘União Nacional’ tão fétida como o cheiro nauseabundo dos vendilhões pátrios de hoje que nos endividaram até aos anos de 2035, prolongando-se até 2042, cem anos depois de eu ter nascido.
Veja-se pois o que tais salafrários nos fizeram e quantas mais gerações sacrificaram, hipotecando-as.
E, quando mais um senhor chamado Horta Osório nos vem falar de cátedra - quiçá de maus exemplos – afirmando escandalosamente e sem um pingo de vergonha de que não podemos continuar a viver acima das nossas possibilidades, ou de como não podemos viver como temos vivido, PERGUNTO-LHE:
1 – Foi o Povo que levianamente assim procedeu: roubando bancos, abatendo as frotas pesqueiras, destruindo a pouca indústria que havia, mandando erigir obras faraónicas, pondo o seu pecúlio em paraísos fiscais?
2 – Foram as ‘astronómicas’  prestações sociais ‘esbanjadas’ com os mais desfavorecidos que deitaram tudo a perder e o País a arder?
3 – Foi o ‘elevadíssimo’ rendimento mínimo garantido que nos pôs a pedir esmola, ou não terá sido o fabuloso rendimento máximo garantido dado às elites, aos administradores e a todos os saqueadores de bancos e de empresas altamente lucrativas que puseram Portugal de rastos?


José Amaral

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