domingo, 23 de novembro de 2014

a detenção de sócrates

Não há, de facto, nesta altura (nem em outra, presumo), muito a dizer sobre a detenção do ex-primeiro-ministro José Sócrates. Somente se deve constatar a presunção: da inocência, de um lado; da competência e imparcialidade, do outro. Daí que o modus operandi da polícia, ao deter Sócrates à saída do avião, me seja tenuemente indiferente. Mas o mesmo já não posso afirmar relativamente aos jornais e comentadores de algumas televisões. Sócrates está a ser vítima, neste aspeto, de um linchamento público inadmissível e deplorável num país que se julga civilizado. Porém, o mal não reside nas patetices destes senhores e destas senhoras, coitados. Onde se encontra o enviesamento noticioso é quem supostamente deveria tutelar, deontologicamente, esta gente. Falo, por exemplo, na ERC, Entidade Reguladora para a Comunicação Social. Neste caso, a designação diz tudo: ou é reguladora ou não é. Tem é que se definir.

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