domingo, 30 de novembro de 2014

Andava eu sozinho

Andava eu sozinho ‘no meio da multidão’ que já está a adensar-se, prenúncio de mais um natal comercializado até para lá do limite das nossas bolsas, quando ‘caí’ no meio de ‘muitas vozes encadernadas, em gritos, exclamações, interrogações, sentimentos, desamores e outras emoções’ – os livros – que voltam à vida narrada quando os manuseamos e lemos.
E, pronto, olho à volta e zás, deito a mão ao um ‘calhamaço’ muito bem composto em envergadura. Tinha setecentas e tais folhas.
Virei-o. E, na contracapa, assim rezava: 'este volume reúne os contos escritos por Gabriel García Márquez desde os finais dos anos 1940, até meados dos anos 1990. Um conjunto de 41 histórias que nos permite desfrutar de todo o encanto e mestria do genial escritor colombiano, e que nos leva a um mundo inesquecível cuja realidade se expressa mediante fórmulas mágicas e lendárias'.
E, apesar deste vulto da escrita ter sido Prémio Nobel de Literatura, em 1982, e o carácter universal da sua obra o colocar entre os maiores escritores de sempre, eu fico-me com o belo livro de contos – onze ao todo – O Fogo e as Cinzas – do saudoso escritor Manuel da Fonseca, com quem tive o enorme prazer de conversar aquando de uma sessão de autógrafos levada a efeito na cidade do Porto, em 23-4-1985.

Nota - texto publicado na íntegra pelo PÚBLICO, em 3/12

José Amaral

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