terça-feira, 18 de novembro de 2014

Se calhar algo de mais practico no nosso Ensino devia haver. (DN 17.11.2014, COM OUTRO TITULO)



Até que ponto a Frau Merkel deve mandar “palpites” sobre outros países da Europa, é sempre a vontade que teríamos de lhe perguntar, quando com alguma sobranceria fala de nós, dos pobres do Sul da Europa. Mas sabemos que, aquilo para os lados da Desunião Europeia, por isto “mesmo” , está como está, e não tem há uns bons 10 anos quem saiba “lá” mandar, e a Frau Merkel toma-lhe o destino. E claro, dá jeitos à terra dela e aos que a rodeiam.

Mas, nem tudo o que diz é disparatado. E nem tudo o que diz, só por ser por ela dito, tem que ser deitado abaixo. Quando disse – faz tempo - que na Madeira se fizeram túneis a mais sem utilidade e endividando o País, se calhar até teria razão.

Quanto ao que agora a todos arrepia, de dizer que temos licenciados a mais e técnicos profissionais a menos, por muito que muitos arrepia, em parte é verdade.

E como nos custa ouvir algumas verdades, ficamos todos abespinhados, com o conteúdo, quando poderíamos ter que ficar com a forma.

A nossa Educação está pouco virada para a práctica, e para algumas exigências destes tempos. E deveria “em” muito ter que ser reformada, que não só na Educação e nada de estrutural aconteceu, como em todo o Estado, em vez de se despedir funcionários públicos a torto e a direito. O mais fácil sempre, e de preferência de meio da pirâmide hierárquica para baixo!

Mas claro, lá a senhora forte do Norte vir dar palpites sobre os fracos do Sul, é feio e desagradável.

E, se isto fosse uma Europa de jeito, tudo era feito de outra forma e haveria tentativas de harmonia e não o inverso, como acontece, de subjugação, como o Norte quer fazer com o Sul.

Mas convenhamos que muito e tão diferente, teria que se fazer com todo o nosso sistema Educativo. Que não diminuir o numero de licenciados, bem pelo contrário - até por estarmos, também nesta área, abaixo da Desunião Europeia -  mas haver muitos mais cursos técnico-profissionais, que como sabemos não existem. E não só.

 Mas não vamos fazer, e vai-se despedir mais –onde for mais fácil -  e a Reforma do Estado não vai ser feita!  E, ponto.

Augusto Küttner de Magalhães

3 comentários:

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