quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

1925 – O comércio marítimo em PORTUGAL atravessa uma crise muito grave





“Os impostos directos e indirectos lançados sobre a navegação estrangeira (fazem com que), os nossos portos do Douro e Leixões (estejam) quase a ser postos de parte por aquelas companhias que podem utilizar-se só de um porto para as suas operações, servindo-se, para isso, do Tejo. Outras companhias há, porém, que abandonaram já definitivamente os portos PORTUGUESES. De uma companhia sabemos que escreveu o seguinte aos seus agentes, a propósito das taxas que sobrecarregam a navegação estrangeira PORTUGAL, now seems impossible for foreign boats to trade there . We are keeping awy. Ora isto parece-nos muito grave, tornando-se indispensáveis que os governos pensem a sério e urgentemente neste importante problema e voltem à protecção a toda a navegação, não só a nacional como a estrangeira, que o mesmo é que proteger os nossos portos. A navegação estrangeira é-nos indispensável. Se os outros países lançassem contribuições sobre a navegação portuguesa, como nós fazemos com a navegação estrangeira, que seria da nossa marinha mercante?
(…) Em Dezembro de 1921, entraram em Leixões 71 embarcações e, no Douro, 71 (…) Em 1924, 46 e 56, o que faz prever o próximo abandono dos nossos portos pela navegação estrangeira”.

(In O Primeiro de Janeiro nº 47, de 26-02-1925, 57º ano de publicação, p. 1)


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