segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

«Não me deixe morrer!»

Na rubrica «Caras da Semana», que o Público tem ao domingo, José Carlos Saldanha é uma delas, sendo «o doente» o título que lhe atribuíram. Penso que não foi o melhor. Saldanha foi mais que «o doente». Talvez «o porta voz», ou «o desesperado», ou «o suplicante», ou «a voz», teria sido mais feliz. Concordo, "foi a cara e a voz do desespero de milhares de doentes com hepatite C».
Ouvi a sua voz no rádio pela manhã ainda antes de a ouvir e ver na TV ao final do dia. Aquele grito ecoa ainda nos meus ouvidos. E terá ficado também nos ouvidos do ministro da Saúde, Paulo Macedo.
Ainda é preciso morrer gente e ainda é urgente que se grite , que se faça um «escândalo» (como dizem os brasileiros) para se conseguir viver neste país. 
No dia seguinte conseguiu-se um acordo com a Gilead. De um momento para o outro já tudo é possível. Falta vontade política para este país funcionar.
Não devia ser preciso chegar a este ponto. Parece coisa de país subdesenvolvido...

1 comentário:

  1. O grande problema é que este novo acordo não está presente nos actuais orçamentos dos Hospitais, e por isso não há maneira de ser executado.
    E agora?

    Concisa e simples, bom desabafo.

    R.S

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