Yarmouk. Sabem o que é ou onde fica?
Não, não é “obrigado” em árabe, também não é um
balneário turístico com daiquiris incluídos no “pack”. É o último apeadeiro de
quem não tem para onde fugir. Campo de refugiados palestinos. Local impróprio para vida humana, derradeiro
reduto de paz, mas afinal derradeira estação dos infernos.
Yarmouk é um nome horrível, que nem sequer devia existir.
Mas lá está algures marcado nos mapas, com dezoito mil seres da espécie humana,
abandonados à sua sorte – que puta de sorte essa – a fazerem de alvo na banca
dos tirinhos, na feira dos horrores onde os bárbaros jogam as suas rifas.
Todas as manhãs, na limpeza da feira, não há testes de ADN
para identificar a correspondência das
cabeças com os corpos. Esses seres não
têm ADN, ninguém os vai reclamar.
A vizinha Damasco - a outrora grande - é agora ridícula e
minúscula, também ela todos os dias violada.
Não há psiquiatras
que cheguem para a loucura deste mundo.
Parece não haver Bem suficiente para transmutar o Mal.
Yarmouk o reduto final!
O mais grave, e que tem passado despercebido, é que este campo de refugiados é datado de 1957, quando os pais e avós de muitos destes infelizes foram corridos das suas casas e propriedades, sem que a que ONU, que criou o estado judaico, lhes reconhecesse uma nova pátria. Agora, muitas das lamúrias não passam de lágrimas de crocodilo! É sempre preciso ir ao fundo das questões, porque as árvores que dão os frutos têm raízes. Um abraço lusitano.
ResponderEliminarMas quem os vai ajudar?
ResponderEliminarEu, se pudesse, iria como voluntário para os livrar da carnificina. O mundo dos poderosos está-se borrifando para com a desgraça daqueles que desgraçadamente de tudo precisam ou precisavam.