terça-feira, 21 de abril de 2015

É SÓ PROMESSAS...E, DEPOIS? NADA DE NADA


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Já no início deste ano, mais precisamente no dia 13 de Janeiro, este mesmo cidadão comum, veio a terreiro demonstrar toda a felicidade que lhe estava estampada no rosto, e que era bem visível, era demasiado transparente, notório e dava demasiado nas vistas a tal felicidade era contagiante e era tão evidente, que para espanto de alguns daqueles que convivem comigo no dia-a-dia, que me perguntaram, num intervalo de um golo de uma imperial, gelada para a época, porque tanta felicidade.
- Não me digas que te saiu o euromilhões?
- Eles, até sabem que não sou nada virado para jogos de sorte ou azar. Mas, perante tanta curiosidade e insistência de alguns deles, e lá resolvi acabar com as dúvidas que parecia que os atormentava e lá os sosseguei, dizendo que não me tinha saído o tal euromilhões, simplesmente afirmando que tinha acabado de ler nos jornais desse mesmo dia, que o “nosso” vice-ministro, aquele, dos beijinhos, “o feirante beijoqueiro” o Paulinho, (sim, mas na verdade é que em plenas campanhas eleitorais, todos, se esforçam por dar, e dão beijinhos, a todos e a tudo que lhes aparece à frente, desde do simples cantoneiro, passando pelo “cigano”, que tenta enganar o transeunte que passa, e fazer o seu dia de ganha pão, com a venda de qualquer coisa, nem que seja um frasco de perfume, que só a rolha tem algum cheiro a qualquer essência mareada, até à peixeira, mais mal cheirosa, mas que serve na mesma. O que importa nestas ocasiões e nestas arruadas é tentar vender a imagem e convencer o pagode que nas próximas eleições é que é, que o zé-povinho, vai passar a ter mais estabilidade, e assim com papas e bolos se vai enganando os tolos.
Como estava a dizer nesse dia sentia-me feliz porque o “Paulinho das Feiras”, tinha-se mostrado satisfeito, naquela altura, com a reforma do IRS, cujas tabelas tinham sido publicadas naquela segunda-feira dia 12 de Janeiro, em Diário da República, tendo sublinhado, com toda aquela lata própria dos verdadeiros vendedores de frascos de perfume, onde só a rolha cheira a qualquer coisa mal cheirosa, mas que dá para enganar, e que sublinhou então que era “um sinal de esperança de melhores dias para os portugueses”. Na altura engoli a tanga, e afirmei aos meus amigos dos “copos”, que já me cheirava a campanha eleitoral, mas que até estava feliz com o tal “feirante beijoqueiro”.
Mas o facto é até hoje não senti qualquer resultado, palpável com a tal reforma do IRS.
Para espanto meu, ao ler as últimas desta tarde, num jornal diário online, dou comigo com o PS a afirmar que quer baixar TSU dos trabalhadores, acabar com a sobretaxa e cortes salariais e reduzir IVA para 13%, repor os salários da função pública -  4º% ao ano – em 2016 e 2017 e eliminar a sobretaxa do IRS, e a colocar a TSU para os trabalhadores em 7% em 2018…passei a citar.
Mas não é que desta vez não achei piada nenhuma a estas promessas eleitoralistas, só pode ser e nem sequer estou feliz, afirmei entre-dentes. Hoje sinto-me muito mais apreensivo. Estas promessas fazem-me lembrar e vêem à triste memória, a aquando da última campanha para as eleições legislativas em Junho de 2011, em que o então candidato do PSD Passos Coelho, enganou tudo e todos, (felizmente a mim não, graças a Deus), e com falsas promessas tomou descaradamente de assalto o poder. Pois tudo o prometeu, nada cumpriu e pelo contrário piorou ainda mais a vida da maioria dos portugueses. E, eu estou muito preocupado e apreensivo com o aproximar da campanha para as próximas eleições legislativas, pois é mais do que evidente que na ânsia de alguns "politiqueiros" cá do nosso burgo e cegamente, prometerem aquilo que depois não vão ser capazes de poderem cumprir, têm “pinta” para nos darem a rolha do perfume mal cheiroso, como o que aquele cigano tenta enganar os feirantes e assim apanham este povo que está demasiado moribundo e quase desmotivado, e praticamente de braços caídos…pergunto onde se escondeu e onde está toda a esperança que fez este povo renascer em ABRIL? 

(Texto-opinião publicado na edição Nrº. 45.526 do Diário de Notícias da Madeira de 26  de Abril de 2015)

Mário da Silva Jesus

1 comentário:

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