segunda-feira, 20 de abril de 2015

Para quê e o porquê?

Continuam a martelar na minha cabeça as frases "eu já fui nacionalizado uma vez; não queria sê-lo novamente" e "eu não fali; obrigaram-me a falir".
E, perante tal desfaçatez proferida duplamente por um ronhoso maltês de alto gabarito da prestidigitação de cifrões contra o que legalmente está estabelecido e situado num Estado dito e redito de oficial Direito, qual será a razão de tal cabecilha que tais frases proferiu, ainda não lhe tenham sido confiscados todos os seus imerecidos bens e posto em prisão efectiva, contemplando também, de igual modo, toda a cambada que o acompanhou em tais malfeitorias?
Todos nós, comuns mortais, devemos ter as nossas próprias ambições, quer materiais ou outras, que nos proporcionem bem-estar social e espiritual. Todavia, devemos ter especial contenção em tudo que ambicionamos, não indo para além do que a moral e as boas práticas permitem.
Assim sendo, para quê tanto dinheiro direcionado para uns quantos e miséria extrema para milhões de semelhantes? Para quê e o porquê de 10 humanos terem mais do que 90% de toda a riqueza de toda a Humanidade?
Dizem-nos que alguns concidadãos merecem ser bem pagos pelo bem que proporcionam às sociedades onde se inserem, mas isso mesmo é uma demasia opressora e imoral ao obterem impensáveis valias em detrimento daqueles que, para viverem, nada têm.
Eu sei – eu sabia – que as organizações sindicais pouco se importam que alguém ganhe muito mais para além da tabela contratualmente estabelecida, uma vez que sustentam que ninguém deve ganhar abaixo dos mínimos estabelecidos nessas mesmas tabelas de remunerações. Contudo, as assimetrias salariais são tão gritantes na actualidade, que provocam, não uma salutar equidade salarial e social, mas outrossim, provocam alucinantes desvios comportamentais, que levam à morte colectiva de muitas gerações, que somente queriam obter o mínimo para viverem.


José Amaral

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