quinta-feira, 9 de abril de 2015

Portugal a dois tempos


Acabo de saber que “só em 2014 encerraram mais de 4000 restaurantes”, que representam a exclusão de milhares de postos de trabalho. Mas tudo bem, dizem os governantes. O desemprego está a descer, o que é uma falácia altamente pecaminosa e deturpadora dos factos.
Então, e as centenas de milhares de pessoas que abandonaram o país em busca de melhores dias não contam para qualquer estatística? E todos os desempregados que já perderam o subsídio?
Entretanto, do mundo da alta finança veio a seguinte notícia: “Banca – Remunerações e prémios que tinham sido cortados no BPI devido ao recurso à ajuda do Estado foram devolvidos aos gestores. Só o vencimento total de Fernando Ulrich, CEO do BPI, ascendeu a 1 130 142 euros em 2014. Ou seja, mais do dobro face a 2013”.
De facto, Portugal está muito melhor do que estava há quatro anos, pelo menos, claro está, para os abutres de sempre e que nos levaram à bancarrota.
Ainda me estou a lembrar da célebre frase “se eu aguento, também um sem-abrigo aguenta!”.

nota: texto publicado nos jornais DESTAK e JN, de 15/4

José Amaral

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