sexta-feira, 8 de maio de 2015

A LIÇÃO DO REINO UNIDO!

A surpreendente vitória de David Cameron no Reino Unido (RU) foi uma derrota de muita gente. Primeiro dos Trabalhistas do RU, que foram simplesmente arrasados. Recorde-se que são camaradas do PS português, e concordantes no despesismo, no investimento público, no controlo do Estado sobre a economia e na forte despesa social. Depois foi a própria Comissão Europeia (CE). Esta tem hostilizado o RU, pela sua postura de "um pé fora, um pé dentro", que sendo irritante em termos europeus, concedo, é a que melhor tem defendido os interesses próprios do RU. Foi também uma lição de democracia, embora talvez tenha sido a última eleição num sistema não proporcional. Como Portugal anda sempre atrasado, também aqui escapámos a um sistema uninominal, quando os únicos partidos de poder eram o PS e o PSD, como têm sido no RU o Labour e os Conservatives. O novo governo do RU terá de mudar o sistema eleitoral, para abranger a nova realidade de quatro partidos fortes. Aqui, como ficámos parados, agora com mais partidos relevantes, para além do PS e PSD, estamos no modo mais certo e justo. Outra lição foi a demissão dos líderes de 3 partidos derrotados, incluindo os LIB DEM, que fazem parte do actual governo. O seu Vice-Presidente, Nick Klegg, demitiu-se, apesar de o seu partido ainda poder esperar por uma qualquer forma de aliança ou até coligação com o novo governo maioritário Conservador. Um grande vencedor foi também o SNP (Scotish Nacional Party), que arrasou o Labour da Escócia. Cameron consegui vencê-lo recentemente, no referendo do RU sobre a independência da Escócia. Agora terá que rever a Constituição do RU, para acomodar as justas pretensões de uma maior autonomia da Escócia dentro do RU. É um grande desafio, claro, mas o líder Conservador provou que poderá estar à altura dele. E estes ventos conservadores, foram um grande balde água fria na esquerda em Portugal, para o PS em especial, e para o seu líder António Costa. A lição do RU, foi menos Estado, mas melhor Estado, e uma economia sem demasiada regulamentação, designadamente no trabalho, é que pode impulsionar a Economia. Impostos baixos para os cidadãos e empresas, também são essenciais. Mas como, neste Portugal onde Confederações Sindicais e Sindicatos ainda "corporativos" conseguem fazer paralisar o País, como se tem visto nos últimos 4 anos?

2 comentários:

  1. Que lição? Os portugueses não aprendem a sua, quanto mais outra!

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  2. Tenho de concordar, caro JBA. De facto há 41 anos que nos prometeram um democracia, sempre destruindo tudo o que se tenha feito eventualmente positivo 48 anos antes pelo Estado Novo. Mas o que é facto, é que cada ano que passa, sempre nos vamos lembrando de algumas coisinhas que ainda funcionavam razoavelmente antes. É bem triste, tantos sonhos que tivemos... Esta classe política é do mais miserável que existe...

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