segunda-feira, 18 de maio de 2015

NO MELHOR PANO CAI A NÓDOA


Nunca será demais relembrar aquele clássico inesquecível, entre FC Porto-SL Benfica, na época de 2012/2013, mais precisamente na jornada 29 em 12 de Maio de 2013, a uma jornada do fim do campeonato daquela época, e está, e que ficará para sempre gravado na memória, tanto dos adeptos portistas como dos adeptos benfiquistas, aquele fatídico jogo em plano estádio do Dragão, na época de 2012/2013, no qual o pequeno e talentoso jogador do FC Porto, o brasileiro Kelvin Mateus de Oliveira, nascido em 1 de Junho de 1993, vindo do Rio Ave deu o campeonato nacional aos azuis e brancos, com um golo ao minuto 90+1 minutos quando o resultado se encontrava 1-1, e que parecia chegar para que o Benfica de Jorge Jesus se pudesse sagrar campeão nacional naquela época. Mas quis o destino que aquele “negrito” de 20 anos, o extremo brasileiro do FC Porto, escrevesse o seu nome na história do clube, fazendo com que os encarnados saíssem do Dragão com o campeonato perdido a favor do então técnico portista Vitor Pereira, que assim alcançou o seu bicampeonato. Na história ficará para sempre a imagem de Jorge Jesus, que caiu de joelhos, apercebendo-se de que o campeonato estava praticamente entregue ao eterno rival. Um lance ao cair do pano e que decidiu um campeonato, que apesar deste episódio de glória para Kelvin, este contudo nunca se tenha afirmado verdadeiramente na equipa dos azuis e brancos, mas que aquele golo ficará para sempre gravado na sua memória como jogador e na memória de todos os adeptos de ambos os clubes, e que serviu de chacota durante alguns anos, contra o técnico encarnado Jorge Jesus, que se ajoelhou em pelo Estádio do Dragão, cuja imagem serviu para muitos títulos na imprensa escrita de então…”Jesus ajoelhou no Dragão”.
Mas a vida tem destas coisas e é mesmo assim, composta por pequenos-grandes episódios como aquele, vivido naquela época e é perfeitamente feita por estes episódios, uns bons, outros maus momentos, para todos os intervenientes, de qualquer situação das nossas vidas.
Ontem, a cena do ajoelhar voltou-se a repetir, passadas que foram duas épocas, mas desta vez em pleno Estádio do Restelo em Lisboa. E assim a cena do ajoelhar, voltou a aconteceu e a repetir-se, no Belenenses-FC Porto, quando o resultado estava em 1-0 a favor dos comandados do treinador espanhol Julen Lopetegui, que servia na perfeição quanto ainda às aspirações dos portistas, quando ainda às possíveis pretensões quanto à vitória final do titulo de campeão desta época, que no entanto ainda não terminou, quando em Guimarães o resultado, com  o eterno rival e comandante do campeonato com três de avanço, o Benfica,  não passava de um nulo. Mas eis que chega o fatídico minuto 85 e que Tiago Caeiro, que tinha entrado ao minuto 73 e em 12 minutos em campo bastaram para mudar o panorama do jogo e influenciar as contas da Liga. E com aquele golo do empate, a cena do ajoelhar, voltou-se a repetir-se mas agora, calhou para o lado do treinador do FC Porto, Senhor Julen Lopetegui, que em pleno Estádio do Restelo, igualmente ajoelhou para além de ter dado um murro no banco dos suplentes.
Nada tenho, nem contra nem a favor, de qualquer um dos treinadores, seja ele Jorge Jesus seja o Senhor Julen Lopetegui, mas no melhor cano cai a nódoa, esta é uma verdadeira realidade, e uma lição para os adeptos poderem tirarem as suas conclusões, que acharem melhor.


(Texto-opinião, publicado na edição online, secção "Escrevem os Leitores" do Jornal RECORD   de 18 de Maio de 2015)

Mário da Silva Jesus


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