sábado, 27 de junho de 2015

A POLÍTICA E A JUSTIÇA...


Nos últimos anos, com uma maior eficiência do MP, são mais frequentes as inquirições e acusações a políticos. Houve tempos, certamente no regime anterior e até nesta nossa "democracia", que diversos políticos, quer das direitas quer da esquerda (leia-se PS), logo que eram referidos nos mídia, por actos ou omissões censuráveis, de imediato se demitiam ou eram demitidos. Não resisto a lembrar o ex-Ministro, Prof. Borrego, que foi exonerado por ter contado uma simples anedota, embora de mau gosto. Mas tudo isso é passado. Hoje não é normal, no PS e na coligação de direita, que um político, face a alguma referência pouco ética ou censurável nos mídia, não assobie para o lado, chamando a PGR à colação. Sejamos curtos e duros. Se o político acusado ou indiciado em público, não tiver sido condenado com sentença transitada em julgado, actua como qualquer outro cidadão, invocando a sagrada presunção da inocência. E eu digo daqui, isso é tudo muito certo para os cidadãos "normais", como eu. Agora os cidadãos eleitos por voto popular, tal como militares, paramilitares e Juízes, têm uma espécie de "capitis diminutio", e terão de tirar consequências políticas dos seus actos ou omissões, enquanto agentes políticos. Os ex-ministros António Vitorino, Murteira Nabo e agora Miguel Macedo, cedo perceberam que tinham de sair, mesmo que um dia os tribunais lhes viessem a dar razão. Já o nosso PM Passos Coelho e até (infelizmente, porque sempre votei nele) o nosso PR, não perceberam isso, quando alegações, eventualmente exageradas ou até incorrectas, puseram em causa a credibilidade e exemplo, que um dia teremos de exigir aos mais altos representantes do Estado Democrático (agora sem aspas).

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