quinta-feira, 25 de junho de 2015

IMPASSE



Mantêm-se o impasse. Reuniões sobre reuniões, num desgaste inútil, porque não há uma genuína vontade de entendimento, de aceitação, de se construir uma Europa.

As vontades são particulares, de cada um, no achego às suas conveniências primeiro, e só depois, só em declarações vagas mas pomposas de belos principios, em bonitas enunciações, vêm os discursos sobre essa Europa hipotética, irrealizável.

Onde estão as verdades? Onde estão as mentiras? Haja o desfecho que houver, haverá sempre meias desculpas, deitar a culpa nos outros, entricheirar-se em cobardias diplomáticas.

E no dia a seguir, o mundo continuará a ser o mundo. O que importa a miséria dos outros senão varrê-los para a sargeta ? o que importa somos nós. A solidariedade  é um conceito bonito, quando estamos satisfeitos e de barriga cheia. Aí, talvez tenhamos algum tempo para olharmos para o outro, e eventualmente, dar-lhe uma pancada nas costas.

Os politicos não são incompetentes por serem fracos a desempenhar as suas funções. A incompetência é uma das competências  principais nos seus currículos. Sem ela, eles não vingariam na hierarquia das teias nebulosas e poluídas que enformam a política contemporânea.


E nós, estamos cansados, o que lhes facilita a vida.


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