quinta-feira, 28 de maio de 2015

Justiça d´um raio - parte 2

Ana Saltão, inspectora da PJ com formação jurídica, foi finalmente condenada "au ralenti", pelo Tribunal da Relação de Coimbra, a 17 anos de choldra talvez negociáveis, que respeitou as provas recolhidas, reanalizadas, apresentadas e irrefutáveis, que anteriormente não tiveram qualquer validade quando levada a juízo diante de outros mais comprometidos ou corporativos magistrados na 1ª Instância que consideraram não constituírem prova suficiente ou até não existirem provas, que a amaldiçoavam por ter matado a avó do seu marido do mesmo ofício, e por essa afinidade, a sua avó. Em 09 de setembro de 2014, já nós nos pronunciáramos sobre o nojento caso, mas por razões que nos ultrapassam, a minha intervenção recolheu-se no esgoto e não teve mérito de publicação. Mas o tempo não apagou os vestígios do crime que aquela agente policial levou a cabo, e eu revisito-o agora. O cheiro a pólvora por entre os dedos sobrepôs-se ao aroma da cebola refogada que lhe servira de desculpa por um ferimento apresentado como desculpa de uma queimadela na mão assassina e submetida a testes por ter usado uma pistola Glock com silenciador surripiada da secretária de uma colega ausente, com que silenciou a velhota cheia de "pataco" e preso a sete chaves, e até o blusão que apresentou indícios fortes de pólvora não bastaram na altura para a incriminar, e os juízes benévolos quando entendem sê-lo, para com a "família", aplicaram o latim "in dubio pro reo" e com tal martelo sentenciador nos puseram a falar chinês ou grego com cara de parvos. Mas, como dizem os brasileiros e árabes - Deus é grande- a condenação que agora marcou a sentença e repõe verdade, asseguram-nos que ainda há Ministério Público actuante, e que não consente sempre a impunidade com que alguns se acham com direito, mesmo que infelizmente não seja suficiente a sua acção para os afastar de vez estes implicados em crime grave e sem perdão, do exercício da função que insistem exercer, amparados, pois quase sempre continuam ao serviço por detrás de um biombo feito de sombras duras, até que tudo seja esquecido pela populaça.

*-(publicado no "PÚBLICO)




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