quarta-feira, 29 de julho de 2015

O MASSACRE DO QUE RESTA

“Já quase não se vê uma rola”, dizia há tempos um caçador, culpando a ministra, que, se calhar, nunca matou nenhuma…
Na verdade, não é fácil entender estas alminhas. É que eles conhecem bem as espécies com extinção anunciada e sabem que, de todos os responsáveis pela barbárie, estão na linha da frente.
Sabendo eles que algumas das espécies com caça autorizada ainda nidificam em agosto, matá-las tão cedo assume dimensões de crime ecológico!
E por muito broncos que alguns sejam, que não enxergam para além do cano da espingarda, também há muitos conscientes e informados, que deveriam liderar um movimento para ajuste das datas do defeso ao período de procriação; e até pugnar por um “descanso” de alguns anos, concertado ou não com outros países onde a matança também se pratique, sendo que o ideal seria retirar de vez às rolas a classificação de espécie cinegética…
Li há anos o grito lancinante de um caçador, na revista do parque biológico de gaia, descrevendo a barbárie que testemunhou,(ou participou) numa espera em local propício à nidificação daquela espécie.
 Apercebendo-se da emboscada, as rolas mantiveram-se escondidas muito tempo, com as crias no ninho à espera de comida e bebida; mas, com o tempo a passar e o calor intenso, aventuraram-se a socorrer os filhotes: foi um massacre, desabafou o homem.
Decorre uma petição, neste momento, para que seja posto fim àquela matança. Oxalá seja bem sucedida.

 Amândio G. Martins

2 comentários:

  1. É falso que as rolas nidifiquem em Agosto. O "massacre" de que falou é uma fantasia. Isto dito não significa que não esteja de acordo com a proibição da caça à rola. Mas por outras razões. Razões cientificas e não opiniões mal fundamentadas.

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  2. Não é fantasia, não, senhor Cabral! Infelizmente não é.
    Amândio

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